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A semana chave para o Dia

DIA conclui aumento de capital de 605 milhões de euros

No próximo dia 20 de março joga-se o futuro do grupo Dia (detentor da insígnia Minipreço em Portugal), com a realização da assembleia geral e onde o atual “board” e Mikhail Fridman colocarão em cima da mesa as propostas para a companhia e as suas insígnias.

De um lado, a proposta do atual Conselho de Administração do Dia propõe uma “compensação de perdas e redução de capital com o objetivo de restabelecer o equilíbrio e a estrutura do património líquido da empresa”. Isto é, além da redução do capital social em 56 milhões de euros, reduzindo o valor nominal das ações da Dia em 0,09 euros para compensar as perdas, o grupo liderado por encabeçada pelo administrador-delegado, Borja de la Cierva, propõe um aumento de capital de 600 milhões e um refinanciamento da dívida bancária até 2023.

 

Esta proposta tem o apoio do Morgan Stanley que se comprometeu a atuar como coordenador global e organizar um aumento de capital máximo de 600 milhões, cuja subscrição e desembolso se compromete a assegurar na íntegra.

Do outro lado, a LetterOne, detentora de 29% do Dia e que em fevereiro lançou uma OPA sobre a 70,9% restantes que não controla, a um preço de 0,67 euros por ação, pretende levar a cabo um aumento de capital no valor de 500 milhões de euros.

 

A aquisição já foi admitida para processamento pela Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) e foi autorizada pela Comissão Europeia e pelo regulador brasileiro, aguardando somente resposta do regulador espanhol para determinar se autoriza ou não.

De referir que, a 8 de fevereiro, o grupo Dia apresentou os resultados de 2018, revelando uma perda de 352 milhões de euros e um volume de negócios de 7,288 mil milhões de euros, 11,3% menos do que os 8,217 mil milhões do ano anterior.

 

Entretanto, ficou-se a saber que 29 empresas demonstraram interesse em adquirir as lojas que o grupo Dia colocou à venda, informação essa que foi transmitida pela administração da companhia aos sindicatos.

Conhecido foi, também, o valor que o Dia alocou em serviços de assessoria, representando quase tanto como o valor destinado à renovação do parque de lojas. Conforme noticia a imprensa em Espanha, o grupo gastou 18,2 milhões de euros em honorários de consultoria, enquanto para a remodelação de lojas foram destinados 18,6 milhões de euros.

 

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