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Retalho

Dia estuda a venda de negócios internacionais caso o aumento de capital não avance

DIA conclui aumento de capital de 605 milhões de euros

A grande decisão parece estar marcada para o dia 20 de março, quando se reúne a assembleia geral do grupo Dia (proprietária da insígnia Minipreço em Portugal).

Nesse mesmo dia, a atual administração do grupo prevê propor um aumento de capital de 600 milhões de euros, operação assegurada pela Morgan Stanley, de modo a fortalecer os capitais próprios e, assim, fazer face ao empresário russo Mikhail Fridman, detentor de 29% do grupo Dia através do fundo de investimento LetterOne. Essa mesma decisão já terá sido, inclusivamente, anunciada à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), ou seja, o equivalente à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em Portugal, de modo a antecipar-se aos planos de Fridman e às intenções de apresentar um valor de 0,69 euros por ação.

 

À imprensa espanhola, Borja de la Cierva, administrador-delegado do grupo, admitiu “respeitar qualquer que seja a opção dos acionistas, incluindo a já anunciada operação da LetterOne”, reforçando, contudo, a ideia de estar “seguro de que o nosso plano é o único que dá as garantias de cumprimento de todas as obrigações legais e de todos os compromissos financeiros da companhia, proporcionando os meios para levar adiante a transformação”.

Recorde-se que Fridman pretende fazer um aumento de capital no valor de 500 milhões de euros, mas somente depois de concluída a OPA e uma vez aos comandos do grupo.

 

Já o jornal espanhol Expansión revela que o administrador-delegado do grupo admite um plano B, caso o aumento de capital de 600 milhões de euros falhe. Ao que parece, de la Cierva encarregou doze dos brancos credores a estabelecer um valor para as diversas divisões. Isto porque, caso o aumento de capital não seja cumprido, existir a possibilidade de alienar algumas das filiais, estando encarregues desta operação os bancos Société Générale e Santander, com o negócio do Brasil a ser um dos que poderá vir a ser vendido.

Certo parece estar, também, o interesse de alguns grupos retalhistas internacionais na totalidade ou em parte do grupo Dia, com a imprensa de “nuestros hermanos” a apontar a Sonae, juntamente com Carrefour e Lidl, entre os apontados.

 

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