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Retalho

A procura de apoios para a liderança do DIA

DIA conclui aumento de capital de 605 milhões de euros

A luta pela liderança do grupo DIA parece estar ao rubro, ou melhor, continuará a estar ao rubro. Isto porque os dois lados – LetterOne (fundo de investimento controlado pelo empresário russo Mikhail Fridman, dona de 29% do grupo Dia) e o conselho de administração do grupo (liderado pelo presidente executivo, Borja del la Cierva) andam numa roda viva e em viagens “non-stop” para conseguir os apoios necessários para ficarem com um dos maiores players da distribuição moderna em Espanha e Portugal, onde opera com a insígnia Minipreço.

Segundo avança a imprensa espanhola, a Goldman Sachs, sócia da LetterOne, aumentou a sua participação no grupo retalhista para 5,69%, enquanto Borja del la Cierva reuniu-se com vários fundos em Londres e Nova Iorque.

 

O grupo convocará uma assembleia de acionistas para, previsivelmente, no mês de março ambas as partes esgrimirem os seus argumentos e conseguirem o maior apoio possível para a estratégia apresentada por cada um.

Do lado do conselho de administração do grupo Dia, chegou-se a um acordo com a Morgan Stanley, de forma a chegar ao aumento de capital de 600 milhões de euros. A Morgan Stanley encontra-se, inclusivamente, a apoiar o road-show internacional que o CEO do Dia começou recentemente, conforme noticia o jornal espanhol Expansión, depois de se ter reunido com vários investidores espanhóis.

 

Expectantes estão os vários fundos e sociedades de investimentos que formam parte do capital do grupo Dia como, por exemplo, o grupo britânico Baillie Gifford (2,37%), os norte-americanos LSV (2,94%), Columbia Wanger (2,87%), BlackRock (2,81%) ou os canadienses Black Creek Investment (2,99%), entre outros.

O objetivo de de la Cierva e Morgan Stanley é conseguir a participação dos investidores no aumento de capital que pretendem fechar em abril.

 

A LetterOne, naturalmente, também está a mover as suas peças neste tabuleiro, sendo seguro que a Goldman Sachs apoiará o empresário russo, tratando-se do banco que está a assessorar a operação lançada pelo fundo de investimento de Fridman.

De referir que no exercício de 2018, o grupo obteve vendas brutas de 9,390 mil milhões de euros, correspondendo a uma descida de 14,9% face ao ano 2017. Em termos líquidos, as vendas do grupo espanhol atingiram os 7,288 mil milhões de euros, o que significa uma quebra de 11,3% face aos 8,217 mil milhões de euros obtidos no final do exercício de 2017.

 

Já o EBITDA ajustado diminuiu 34,8% para os 338 milhões de euros, quando no ano de 2017 o valor totalizou 518,5 milhões de euros.

O resultado líquido do exercício é de menos 352,6 milhões de euros, devido ao impacto de 288 milhões de euros após o teste de valorização dos ativos. Sem estes efeitos, o resultado líquido ajustado é de 49,7 milhões de euros, o que representa uma descida de 74% relativamente ao ano anterior.

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