Segundo o mesmo comunicado, apesar da globalidade dos negócios do grupo ter atingido em 2010 volumes consolidados superiores a 145 milhões de euros, estes registaram uma quebra significativa relativamente a anos anteriores. Segundo o Grupo, para isso contribui a “fortíssima pressão concorrencial no seu setor de atividade, quer ao nível de preço, quer em termos da oferta de marca própria, o que aliado ao aprofundamento da crise económica que se tem verificado e consequente diminuição de consumo, às próprias dificuldades da indústria nacional, às alterações verificadas no sistema bancário que obrigaram a amortizações elevadas de financiamentos que se encontravam estabelecidos e agravamento dos spreads aplicados, à posição assumida pelas seguradoras de crédito que estrangularam por completo a atividade da empresa impossibilitando o seu normal funcionamento”.
Assim, a empresa diz estar a atravessar “uma fase menos boa do seu percurso empresarial, esgotando os seus meios financeiros e capacidade de pagamento, com reflexos muito negativos nas relações com os seus parceiros, e consequentemente na disponibilidade de produto, competitividade, rentabilidade, e atividade em geral”.
Assinala também o insucesso da cadeia de lojas Supersol pertencentes à empresa Bom Dia (adquiridas a empresários que anteriormente operavam como franchisados), e que absorveram uma Manuel Nunes & Fernandes II, Lda.
“Com o objetivo de inverter esta situação, a Administração tem vindo a trabalhar nos últimos meses num Plano de Reestruturação da Manuel Nunes & Fernandes II, Lda., empresa grossista que representa o core business, bem como em simultâneo um conjunto de definições estratégicas a desenvolver no âmbito do próprio Grupo Manuel Nunes, de forma a reorientar e voltar a colocar a empresa no caminho do sucesso que desde sempre a pautaram”, continua o comunicado.
Concluindo que a impossibilidade de colocar o plano em prática e a atividade diminuta da empresa que não permite gerar os fundos necessários para cumprir os compromissos assumidos, levaram a que esta tenha decidido “que percorrer o caminho da Insolvência, de forma a inclusive tentar viabilizar a sua Recuperação”.