O evento contou com o apoio de várias organizações do setor do trabalho temporário e da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego (APESPE).
Segundo Maria José Chambel, da equipa de investigadores da área da Psicologia das Organizações da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, foram apresentados três estudos no encontro: “Trabalhadores temporários e trabalhadores permanentes: Tratamento idêntico para respostas semelhantes”, “A dupla relação de emprego dos trabalhadores temporários: A agência e a empresa utilizadora” e “A empregabilidade dos trabalhadores temporários: Um substituto da segurança de emprego?”.
No que respeita às empresas de contact center, a responsável afirma que “na maioria das empresas existe essa política de contratação direta por parte da empresa utilizadora depois de terem verificado que existe um desempenho adequado por parte dos trabalhadores” no entanto, neste setor, “também encontrámos vários trabalhadores temporários que preferem ter este tipo de contratação (são estudantes, têm outro emprego, ganham mais como temporários…) e recusam passar a efetivos.”
Neste encontro para além dos resultados dos estudos realizados por esta equipa de investigadores, o encontro contou com a presença de vários profissionais das agências de trabalho temporário e de empresas utilizadoras desta mão de obra.
Trabalhadores temporários e as implicações na gestão
No mesmo encontro a equipa de investigadores da área da Psicologia das Organizações da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, apresentou o livro “Relação de emprego nos trabalhadores temporários: As implicações da gestão de recursos humanos”.
O livro tem como objetivo dar a conhecer os resultados obtidos no projeto com o mesmo nome, e que contou com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Maria José Chambel realça que neste projeto, onde participaram um total de 1338 trabalhadores temporários, pertencentes a nove empresas, três do setor dos call center e seis da Indústria, “não pretendemos dizer que estamos a dar a conhecer a situação vivida por todos os trabalhadores temporários em Portugal. Como em todas as situações de emprego, existem variadas realidades e algumas delas estão, provavelmente, muito afastadas daquelas que damos a conhecer nesta publicação”.