iStock Cerca de seis em cada dez profissionais, a nível mundial, revelaram que a utilização de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (IA Generativa) lhes permite poupar tempo na execução das suas funções, de acordo com o estudo “AI at Work: Friend and Foe”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG).
“Cada vez mais, os profissionais reconhecem os benefícios que a IA Generativa acarreta, nomeadamente ao nível da produtividade. A maioria dos utilizadores desta tecnologia reporta uma poupança potencial de mais de 5 horas semanais, na aceleração de atividades rotineiras, como aceleração de pesquisa e automatização de trabalho administrativo”, afirmou Manuel Luiz, Managing Director e Partner da BCG em Lisboa.
Dos 72% de profissionais que afirmaram utilizar IA Generativa no trabalho, 58% revelaram que esta tecnologia permite economizar mais de cinco horas semanais, sendo que 41% indicam estar a utilizar esse tempo extra para executar mais tarefas, 39% para realizar novas atividades e 38% para dedicar a ações mais estratégicas, adianta a análise.
De acordo com o estudo, apesar das perspetivas positivas da maioria dos profissionais quanto ao impacto da IA Generativa na sua produtividade, o sentimento geral sobre esta tecnologia é de “otimismo cauteloso”.
O inquérito revelou ainda que 42% dos profissionais tem confiança nesta tecnologia, em comparação com 26% em 2023. No entanto, a ansiedade também aumentou de 12%, em 2023, para 17% este ano. Além disso, 42% dos inquiridos afirmou sentir medo de perder o emprego devido à IA Generativa, um aumento de 6 pontos percentuais (pp.) face aos 36% registados o ano passado.
O estudo indicou também que, à medida que as organizações ultrapassam os projetos-piloto e começam a integrar esta tecnologia de forma mais generalizada, quase dois terços dos líderes (64%) indicaram que estão a implementar ferramentas de IA Generativa para remodelar as empresas.
Qual é a realidade em Portugal?
Um outro estudo, divulgado também pela consultora com dados sobre Portugal, indicou que 33% dos portugueses utilizam com frequência a IA Generativa e que 56% dos profissionais em Portugal está disposto a requalificar-se para manter a competitividade. “Ainda assim os dados de utilização estão abaixo da média global, que é de 39%”, avança a investigação.
Já relativamente às perceções do impacto da IA Generativa no emprego, em território nacional, cerca de 5% dos profissionais acreditam que o seu emprego deixará de existir, aproximadamente 25% preveem que o seu trabalho será transformado e que tal exigirá uma requalificação significativa.
Cerca de 45% admitiu que as suas tarefas vão mudar e, por isso, precisarão de desenvolver novas competências, e um quarto (25%) afirmou que o seu trabalho não será, de todo, afetado pela tecnologia.
