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Jerónimo Martins regista lucro de 440 milhões até setembro e cai 21,2%

Jerónimo Martins regista lucro de 440 milhões até setembro e cai 21,2% Direitos Reservados

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, anunciou que registou lucros de 440 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que significa uma queda de 21,2% comparativamente ao período homólogo do ano passado.

De acordo com o comunicado, o grupo anunciou que as vendas cresceram 10,3% entre janeiro e setembro, alcançando os 24,8 mil milhões de euros.

 

Já o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) consolidado aumentou 2,7% (-2,9% a taxas de câmbio constantes), refletindo a pressão, sobre a alavancagem operacional, da deflação nos cabazes e o investimento em preço, refere a comunicação, que indica ainda que a respetiva margem diminuiu em 49 pontos base (p.b) face aos nove meses de 2023.

Segundo a nota, “como antecipado, neste período, as margens operacionais do Grupo foram pressionadas pela combinação da deflação registada nos nossos cabazes com a significativa inflação de custos, principalmente ao nível dos salários em cada país”.

 

Em Portugal, o Pingo Doce aumentou as vendas em 4,7% para 3,7 mil milhões de euros e registando “um sólido crescimento dos volumes”.

“Em Portugal, a sólida progressão das vendas do Pingo Doce refletiu também a crescente diferenciação da sua proposta de valor, reforçada pela implementação do novo conceito de loja que destaca a centralidade da comida fresca, da padaria e cafetaria, e dos perecíveis”, lê-se na comunicação.

 

Já o Recheio, faturou mil milhões de euros até setembro, o que representa uma subida de 1,8% face ao mesmo período do ano passado.

“O desempenho do canal HoReCa continuou a refletir alguma fragilidade do consumo interno no out-of-home. Ainda assim, e com o aumento do investimento para proteger o seu posicionamento, o Recheio cresceu o número de clientes em todos os segmentos em que opera”, explica a Jerónimo Martins.

 

Na Polónia, as vendas da Biedronka atingiram os 17,5 mil milhões, o que significa um crescimento de 10,4%, com o comunicado a avançar que “o ajuste dos preços alimentares, depois de dois anos de forte subida, levou a que a Biedronka operasse com significativa deflação no cabaz em todos os trimestres já decorridos este ano”.

No que toca às vendas da Hebe, a nota avança que atingiram os 422 milhões de euros, fixando-se 28,3% acima dos primeiros nove meses de 2023, com a Jerónimo Martins a salientar que a marca “manteve um bom desempenho, tanto a nível das lojas, como da operação de e-commerce”.

Na Colômbia, com a insígnia Ara, o comunicado indica que as vendas cresceram 21,5%, fixando-se nos 2,1 mil milhões. Ainda sobre este mercado, a Jerónimo Martins explica que “a pressão sobre as famílias continua elevada em resultado do impacto, sobre o rendimento real, dos aumentos de preço dos bens alimentares registados nos últimos anos”.

Para Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador-delegado da Jerónimo Martins, “como antecipámos, nestes nove meses de 2024, a inflação alimentar caiu, pondo fim aos aumentos de preços extraordinários registados nos dois últimos anos. Cruzada com a elevada subida dos custos, essa queda da inflação levou à intensificação do ambiente concorrencial e ao agravamento da pressão sobre as margens. A este contexto, já de si muito desafiante, somou-se a falta de dinamismo do consumo no nosso principal mercado”.

Relativamente ao restante ano de 2024, a Jerónimo Martins enfatiza que, “em Portugal persistem sinais de pressão sobre as famílias relacionados com taxas de juro e impostos elevados, esperando-se, por isso, que o consumo se mantenha pouco dinâmico ao longo do resto do ano”.

A comunicação antecipa que, relativamente ao Pingo Doce, “prosseguirá com a sua forte e reconhecida dinâmica promocional e com a implementação do novo conceito de loja que evidencia a diferenciação da insígnia, a nível de meal solutions e perecíveis, e oferece inovadoras soluções de serviço valorizadas pelos clientes”.

Já para o Recheio, o comunicado avança que “manter-se-á focado em ganhar quota de mercado em cada um dos seus segmentos de clientes. A progressiva remodelação de lojas potenciará a afirmação de uma renovada proposta de valor para o canal HoReCa, enquanto a rede de lojas Amanhecer seguirá a sua trajetória de crescimento”.

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