Quantcast
Retalho

Internacionalização: “gostaria de ter feito mais”, admite Paulo Azevedo

Internacionalização: “gostaria de ter feito mais”, admite Paulo Azevedo

Na conferência de imprensa que marcou a despedida de Paulo Azevedo da liderança da Sonae, o até agora Chairman e Co-CEO do grupo, admitiu, questionado pela DISTRIBUIÇÃO HOJE, que a internacionalização “foi algo onde gostaria de ter feito mais”.

“A internacionalização foi, de facto, algo que deveria ter pensado de forma diferente. Deveria ter parado ou avançado mais cedo”, admitiu Paulo Azevedo que, juntamente com Ângelo Paupério, Co-CEO da Sonae, passaram o testemunho a Cláudia Azevedo que irá assumir a liderança do grupo fundado pelo seu pai, Belmiro Azevedo.

 

Internacionalização: “gostaria de ter feito mais”, admite Paulo AzevedoO até aqui responsável máximo pela Sonae referiu ainda que as decisões, “principalmente, aquando da última crise, deveriam ter sido mais rápidas. Houve oportunidades que não foram olhadas da forma que deveríamos ter feito”, salientando ainda que “os planos de expansão teriam sido uma mais-valia para o grupo”.

Questionado ainda sobre o processo que poderia ter levado a Sonae para Angola, Paulo Azevedo foi claro: “em Angola não fracassámos. Nem sequer começámos”. Sobre o mercado angolano, o responsável da Sonae admitiu que o mercado “não está no topo das nossas prioridades”, referindo ainda que “serão as novas equipas a dar as respostas a partir de agora”, terminando com um “good luck” direcionado à irmã Cláudia.

 

Também aflorado na conferência de imprensa desta manhã foi o eventual interesse da Sonae na operação do Dia, em Portugal, cabendo a Ângelo Paupério, Co-CEO e também de despedida, a responder: “não comento rumores, mas estamos sempre atentos”. Paupério admitiu que o grupo espanhol está a passar, atualmente, por uma fase “menos favorável” e que a estratégia da Sonae “não assenta em aquisições. Estamos no caminho de quem vai à frente”, revelando, contudo, que “se houver oportunidade, teremos de estudá-la, tal como estudamos outras”.

Já quanto à entrada da Mercadona em Portugal – recorde-se que o retalhista espanhol irá abrir as primeiras quatro lojas durante o mês de julho, numa estratégia que até ao final do ano totalizará uma dezena de lojas -, os dois CEO da Sonae foram claros ao referir estarem “preparados”, dizendo Paulo Azevedo ainda que “já tivemos as ‘invasões francesas’ no retalho alimentar, as alemãs no retalho não alimentar. Portanto, estamos preparados para a entrada dos nossos concorrentes espanhóis”.

 

 

 

 

 

Não perca informação: Subscreva as nossas Newsletters

Subscrever