O mercado dos bens de luxo está a acelerar a adoção de novas tecnologias, apostando em inteligência artificial, mas também em realidade aumentada, virtual e os NFTs. São vários os exemplos no mercado atualmente, como a Ralph Lauren, a Prada e a Tag Heuer. A experiência do cliente torna-se também mais ‘luxuosa’ resultante disso.
O estudo “Luxury and Technology: Toward the Boutique of the Future 2023”, promovido pela Bain & Company, mostra que 43% dos consumidores visitam as boutiques para descobrir o produto e a marca e que 34% fazem-no pelo tratamento VIP.
75% dos clientes de luxo demonstram uma forte apetência pelos casos de uso tecnológico testados no estudo, assumindo que os exigentes padrões do setor são cumpridos: ou seja, sem self-service e apenas com os mais elevados padrões de execução.
O valor difere entre os mercados analisados (França, EUA e China), com os chineses a possuírem maior entusiamo (84%) do que os franceses (66%).
A disparidade é ainda mais intrigante entre gerações, com a geração Z (71%) e os millenials (71%) a serem menos adeptos que a geração X (81%) e os Boomers (76%).
Segundo a Bain & Company, as novas tecnologias podem ser aplicadas da seguinte maneira:
- Enriquecer a relação entre o cliente e o parceiro de vendas – 61% dos consumidores considera que esta relação influencia a sua vontade de promover uma marca;
- Melhorar o fluxo da jornada na loja – 58% dos clientes mencionam os tempos de espera como fonte de frustração; Já 47% cita a indisponibilidade de um produto (aumenta para 60% na geração Z – assumindo a principal razão para frustração);
- Enriquecer a narrativa, através da realidade aumentada, realidade virtual ou espelhos conectados, entre outros.
O relatório analisou ainda as novas tecnologias que seriam mais bem recebidas pelos consumidores de luxo:
- Aceder à informação de um produto através de uma etiqueta digital (79%);
- Personalizar os produtos (78%);
- Descobrir o tamanho através de um scanner corporal 3D (76%);
- Experimentar virtualmente os produtos (73%);
- Descobrir a história da marca através do conteúdo digital (77%).