A myPOS disponibiliza soluções avançadas de aceitação de pagamentos a comerciantes, através de terminais físicos e canais online. Com uma década de operação, a empresa diferencia-se por oferecer não apenas terminais de pagamento, mas uma plataforma completa de gestão de pagamentos. Pedro Castro, country manager Portugal da myPOS, explica as linhas de ação desta plataforma, que permite aos merchants ativar terminais, gerir cartões, integrar pagamentos com os seus websites, realizar devoluções e exportar dados para contabilidade, com liquidação imediata.
Qual a missão da myPOS e que soluções de gestão e integração dos canais de pagamento traz para os seus clientes?
A myPOS é uma empresa multinacional que trabalha em todo o espaço Económico Europeu, Reino Unido e Suíça e tem cerca de dez anos de atividade. Disponibiliza aos seus clientes, que são essencialmente comerciantes, uma solução de aceitação de pagamentos em cartão ou telemóvel, tanto no canal presencial, através de terminais de pagamento, como no canal online, tendo uma gateway que permite a integração com os sites e a alimentação das aplicações. Assim, conseguimos servir o cliente nos vários canais do seu negócio.
Não nos limitamos a disponibilizar um mero terminal de pagamento, mas sim uma ferramenta de gestão, ou seja, uma plataforma onde o cliente ativa os seus terminais, os seus cartões, e faz a conexão com o seu site. Todos os pagamentos que recebe, através da nossa solução, estão espelhados na plataforma, que possibilita consultar toda a informação. Neste âmbito, consegue fazer devoluções, exportação para a contabilidade e usufruir de liquidação instantânea, isto é, qualquer pagamento que o cliente recebe é instantaneamente creditado nessa conta myPOS.
“Não nos limitamos a disponibilizar um mero terminal de pagamento, mas sim uma ferramenta de gestão, ou seja, uma plataforma onde o cliente ativa os seus terminais, os seus cartões, e faz a conexão com o seu site”
No fundo, com o objetivo de simplificar a jornada de pagamentos das empresas…
Sim, é esse o objetivo. Simplificar, por um lado, e ajudar os nossos clientes a fazerem crescer o seu negócio, a receber os pagamentos das suas vendas e, naturalmente, permitir também que ganhem uma grande eficiência operacional. Com esta plataforma conseguem fazer toda a gestão em tempo real, articulando com a sua contabilidade e com o seu departamento operacional.
Qual é a sua maior diferenciação e que benefícios pode trazer ao modelo de negócio dos merchants?
Esta é, de facto, uma ferramenta de gestão para a aceitação de pagamentos, que assenta numa plataforma que permite consulta, exportação e integração com sistemas de gestão, com benefício operacional. Destaco também a competitividade no preço dos terminais e o facto de o cliente não ter mensalidades. Este adquire o seu terminal e paga apenas as taxas associadas a cada transação, que são geralmente bastante competitivas.
A maior parte das soluções, nomeadamente aquelas disponibilizadas pelos bancos, assentam apenas num terminal de pagamento, em que o cliente tem de selecionar os talões da transacionalidade para fazer depois a sua reconciliação contabilística E, portanto, são normalmente soluções pouco tecnológicas, que não têm grande operacionalidade, obrigando a que o backoffice tenha de ter recursos e custos para conseguir fazer todo o seu processo contabilístico. Neste caso não acontece, porque a plataforma disponibiliza toda a informação, em tempo real, e com liquidação instantânea das transações na conta myPOS.
Utilizando um exemplo prático de um restaurante… A faturação gerada durante o almoço pode ser consultada imediatamente. Se o proprietário quiser abastecer-se de carne, peixe, legumes ou bebidas para o jantar, pode utilizar o valor recebido ao almoço para fazer compras ainda durante a tarde. Supomos que o cliente vai comprar produtos para o seu restaurante, utilizando o cartão de pagamento myPOS, poderá utilizar os fundos imediatamente, sem ter de esperar. O mesmo se aplica à faturação do jantar: No dia seguinte, o proprietário já terá a liquidez disponível para reabastecer o stock. Isso difere das soluções tradicionais, nas quais o cliente precisa de encerrar o terminal e aguardar entre um a três dias úteis para receber o valor.
Todas estas funcionalidades vão permitir que o negócio seja gerido com mais eficiência operacional, seja um negócio de pequena, média ou grande dimensão.
Quais são atualmente os principais desafios que os comerciantes costumam partilhar convosco relativamente ao cliente final? E de que forma esses desafios influenciam a vossa estratégia na criação de soluções?
Os comerciantes têm naturalmente vários desafios. O primeiro prende-se, desde logo, com a necessidade de aceitarem o maior leque possível de formas de pagamento. Por outro lado, a rapidez do terminal de pagamentos, seja com cartão ou com telemóvel. Os nossos terminais são todos contactless e permitem que o cliente possa pagar usando a sua digital wallet, Google Pay ou Apple pay, por exemplo, que são bastante rápidas e práticas no pagamento. Outro desafio passa por aceitar as marcas internacionais, coisa que nem sempre acontece. Se o cliente recorrer ao seu banco, este geralmente oferece apenas um terminal com o esquema local Multibanco e, caso queira aceitar marcas internacionais, terá de fazer um contrato adicional com outra empresa. No nosso caso, disponibilizamos logo as principais marcas internacionais, o que nos permite atender melhor o cliente, especialmente considerando que Portugal é um País fortemente turístico.
Quais são os principais setores de atividade que compõem a vossa carteira de clientes?
Temos uma carteira de clientes bastante diversificada no que respeita a setores de atividade, trabalhamos bastante com retalho, food & beverage e health & beauty, mas também na vertente de transportes. Temos muitos clientes no setor do táxi, por exemplo, pelo facto dos terminais poderem ter o software de faturação e, portanto, permitem uma grande mobilidade nesse sentido.
Que novidades estão previstas na vossa linha estratégica para o ano 2025?
A estratégia para o ano de 2025 vai assentar essencialmente num grande crescimento. Naturalmente, teremos as nossas equipas internas a olharem para a nossa solução e a procurarem melhorá-la. O onboarding, por exemplo, é um dos processos que tem vindo a ser revisto para se tornar o mais automatizado possível.
Posso referir que a nossa estratégia para 2025, e para os próximos anos, é essencialmente de grande crescimento, não só na nossa base de clientes, como também nos volumes processados.
A myPOS foi adquirida no início do ano pela Advent International, que é um private equity muito experiente em empresas de pagamentos e, portanto, está a ajudar-nos a afinar a nossa estratégia de mercado, mas também a melhorar as nossas ferramentas internas para conseguirmos ter um processo mais rápido, com mais informação disponível, para servir melhor os nossos clientes.
Em suma, destaco a melhoria de processos internos e uma estratégia de grande crescimento na Europa.
