A Tesco, cadeia de supermercados do Reino Unido, lançou um marketplace online que oferece aos clientes a possibilidade de comprar produtos a terceiros junto com as suas compras de supermercado.
O lançamento aconteceu ontem, dia 4 de junho, e o mercado online conta com cerca de 9.000 produtos, em categorias como, por exemplo, jardim, bricolage, utensílios domésticos, brinquedos e cuidados com animais de companhia.
De acordo com a marca, os produtos aparecem junto com os produtos da Tesco, sendo depois entregues diretamente pelo respetivo fornecedor.
“Quando atingir a capacidade máxima, o marketplace será uma plataforma única para tudo o que os clientes precisam”, afirmou a marca.
Segundo Peter Filcek, diretor de mercado da Tesco, “em última análise, tudo se resume a querer oferecer aos nossos clientes acesso a mais do que aquilo que oferecemos”.
E continua: “ao analisar as pesquisas dos nossos clientes, encontrámos produtos que simplesmente não vendemos e isso gerou uma corrente de reflexão sobre o que poderíamos fazer para abrir essa possibilidade, porque os nossos clientes estavam genuinamente à procura de todo o tipo de coisas”.
Segundo a Tesco, cerca de 17 vendedores aparecem atualmente no marketplace e todos foram avaliados “para garantir que atendem aos nossos requisitos e padrões robustos”.
Neste sentido, os fornecedores vão ser monitorizados continuamente com base em fatores como velocidade de entrega, devoluções e taxas de sucesso de entrega, assim como serão avaliadas em métricas como classificações e comentários dos clientes.
Os consumidores pagam pelos itens dos fornecedores agregados à Tesco separadamente das suas compras de supermercado, sendo os itens identificados como sendo provenientes de fornecedores terceiros.
Filcek afirmou que o leque de fornecedores no marketplace “deve aumentar rapidamente durante o verão”, mas irá aumentar “tão rapidamente quanto nos sentirmos confortáveis”.
O mesmo responsável adianta ainda que “queremos crescer o suficiente para sermos um destino que os consumidores procurem, mas não tão grande que [os compradores] acabem por tropeçar em coisas irrelevantes, que se tornem um problema e atrapalhem. Da mesma forma, não queremos aumentar em número se isso significar atrair vendedores que não conseguem cumprir as promessas que fazemos aos nossos clientes, ou que nos dececionam no cumprimento contínuo dos seus deveres com os consumidores”.
O modelo de negócio não é novo para a Tesco que, em 2012, abriu a sua oferta não alimentar, intitulada Tesco Direct, a fornecedores terceiros. No entanto, a Tesco Direct encerrou atividade em 2018, com a empresa a afirmar que não havia perspetivas de que esta se tornasse lucrativa.
“As coisas mudaram desde o Tesco Direct”, referiu Filcek. E continua: “o nosso negócio online é significativamente diferente de que era antes. Atualmente, estamos a enviar 1,2 milhões de pedidos por semana e, ao longo desse tempo, investimos e melhorámos a nossa plataforma de vendas”.
Além disso, o responsável da Tesco avança ainda que o Tesco Direct era um site separado, com login próprio. Agora, está totalmente integrado à nossa experiência de compra, portanto, será uma experiência muito mais fácil, mais orgânica e também um negócio muito mais escalável porque tudo parte do próprio vendedor”.
Outros retalhistas também lançaram modelos de marketplace, entre eles Walmart, Auchan e Carrefour.