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Gasto médio mundial em compras de supermercado cresce 60% numa década

Gasto médio mundial em compras de supermercado cresce 60% numa década iStock

O gasto médio em compras de supermercado, por família, em todo o mundo, atingiu os 969 euros, quase 60% a mais do que em 2013, de acordo com o estudo Brand Footprint, desenvolvido pela Kantar.

O gasto médio em produtos de grande consumo aumentou 8,6%, por comprador, em resultado da inflação, que atingiu uma média de 4% durante o ano, bem como de um maior número de produtos de indulgência em casa e de mudanças para compras premium, para compensar as estratégias de usadas para ultrapassar a inflação, explica o comunicado de imprensa.

 

De acordo com o estudo, os compradores norte-americanos foram os que mais gastaram em produtos de grande consumo, com uma média de 2.820 euros por agregado familiar, enquanto os consumidores do Bangladesh foram os que menos gastaram, com uma média inferior a 146 euros.

A investigação também concluiu que a combinação do gasto entre marcas globais, marcas locais e marcas da distribuição, continua a evoluir. As despesas com produtos de marcas da distribuição aumentaram 0,5%, atingindo os 22,7%. Apesar de uma queda nas vendas unitárias, as marcas globais mantiveram 30% dos gastos, graças ao aumento dos preços e à compra de produtos premium, esclarece o relatório da Kantar.

 

A visita a várias lojas continua a ser uma estratégia utilizada para fazer face ao aumento dos preços, uma vez que as deslocações às lojas aumentaram 2,4%, refere o comunicado. Já os Discounts, aumentaram a sua quota de gastos dos compradores em 10,3%, atingindo uma quota de 16% a nível global (e 24,5% na Europa Ocidental).

Em termos globais, 61% dos agregados familiares dizem estar “extremamente ou muito preocupados com o aumento dos custos dos produtos de grande consumo”, concluiu o estudo.

 

Consequentemente, enquanto 64% das marcas globais estão a crescer em termos de valor, apenas metade das marcas de produtos de grande consumo estão a crescer em termos de quantas vezes são escolhidas da prateleira pelos consumidores.

Quais as marcas mais escolhidas do mundo?
As cinco marcas mais escolhidas no mundo são a Coca-Cola, a Colgate, a Maggi, a OMO e a Knorr.

 

Pelo 12.º ano consecutivo, a Coca-Cola é a marca mais escolhida do mundo, tendo crescido 2,6% e sendo escolhida pelos consumidores quase 8,3 mil milhões de vezes (Consumer Reach Points – CRP’s). Já a Colgate é a única marca de bens de consumo comprada por mais de metade da população global, com uma taxa de penetração de 55,9%.

Mais abaixo na tabela classificativa, a Red Bull surge como o maior destaque do ano. Com um aumento de 17,8% nos CRP’s, subindo quatro posições no ranking para o 20.º lugar, “um testemunho da sua crescente atratividade e das suas manobras estratégicas de mercado, como o desenvolvimento de novos produtos”, refere a nota de imprensa.

A marca foi comprada por 9,6% dos agregados familiares em todo o mundo, tendo sido retirada das prateleiras 1,4 mil milhões de vezes.

Crescimento alimentado pela cafeína
A análise das categorias de produtos de grande consumo que estão a atrair novos consumidores revela uma tendência para um maior número de consumidores comprarem bebidas com cafeína.

O café instantâneo registou um crescimento de penetração de 1,5% em relação ao ano anterior (comprado por 30,2 milhões de consumidores), já as bebidas desportivas e energéticas obtiveram um crescimento de penetração de 1,2%, ou seja, 24,3 milhões de consumidores e os refrigerantes com gás ganharam 1,1%, o que equivale a 31,7 milhões de novos consumidores.

Para Guillaume Bacuvier, CEO da Kantar, Worldpanel Division: “os rankings do Brand Footprint 2024 revelam como as marcas de sucesso recrutaram mais compradores, num ambiente em que menos custa mais e as marcas próprias estão a ganhar quota”. De acordo com o responsável, as marcas “encontraram maneiras de serem significativamente diferentes”.

E continua: “é o que acontece quando as marcas criam fortes ligações funcionais e emotivas, tornando-se mentalmente disponíveis e fisicamente inevitáveis, integrando-se perfeitamente em todos os pontos de contacto com o consumidor. As marcas apresentadas no relatório devem ser louvadas por o conseguirem, enquanto a pressão sobre as despesas das famílias persiste como uma teimosa corrente subterrânea na economia global”.

 

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