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Retalho português paga, em média, a 17 dias

Retalho português paga, em média, a 17 dias

De acordo com o segundo estudo “Payment Behaviour 2018”, realizado pela Euler Hermes, o prazo médio de pagamento das empresas portuguesas do setor do retalho é de 17 dias.

Contudo, nem todos os setores praticam estes prazos, revelando o estudo que, em Portugal, uma em cada quatro empresas privadas recebe após 120 dias.

 

Depois dos 17 dias do setor do retalho, seguem-se as empresas do setor da indústria do papel (46 dias) e empresas do setor das utilities (48 dias). No lado oposto, os setores com prazos de pagamento mais dilatados são o tecnológico e o dos transportes, com um período médio de pagamento de 99 dias.

De resto, a Euler Hermes coloca Portugal nos lugares inferiores da tabela, muito longe dos 40-43 dias da Nova Zelândia ou dos 45-47 dias da Dinamarca. Segundo o estudo, a média global do prazo médio de pagamento, em 2017, foi de 66 dias e estima-se que em 2018 aumentou para 67 dias. Portugal é, juntamente com a Espanha, a Grécia e os Países Baixos, um dos países europeus onde o prazo médio de pagamento mais aumentou.

 

Segundo a Seres, pioneira e especialista em soluções de intercâmbio eletrónico de documentos, existem três condições principais que atrasam o pagamento das faturas. A primeira é que a fatura não chega ao destino. A segunda é a existência de discrepâncias ou erros na fatura. A terceira é que a empresa responsável por fazer o pagamento, não quer ou não consegue pagar a tempo.

Quase 50% dos atrasos ocorrem no âmbito dos dois primeiros casos, os quais surgem no período que vai desde a emissão ao pagamento da fatura, período de tempo no qual, normalmente, o emissor desconhece qual é o estado da fatura emitida.

 

Sendo de senso comum que o objetivo principal de qualquer fatura é ser paga, a Seres refere que “se as empresas pagam antes do termo do prazo, o seu ritmo de atividade e crescimento será mais rápido”, considerando que a fatura eletrónica é um “elemento fundamental para reduzir os prazos de pagamento das empresas, dado que a automatização e a rastreabilidade que oferece agiliza consideravelmente todos os processos”.

Alberto Redondo, diretor de marketing da Seres para a Península Ibérica e América Latina, explica que a “automatização torna eficientes os processos que implicam tarefas repetitivas e que, apesar de tudo, devem ser muito precisas: faturação, contabilidade, contas a receber e outros processos financeiros”.

 

A universalização da fatura eletrónica trouxe “transparência e velocidade à relação comercial”: as faturas são imediatamente emitidas e aceites, reduzindo-se assim o prazo de pagamento. Por outro lado, existe um “maior controlo das partes”, uma vez que a fatura eletrónica oferece uma rastreabilidade que as faturas em papel não oferecem. Deste modo, considera a Seres, “a faturação eletrónica é um dos grandes aliados para agilizar os processos de pagamento dentro das empresas”.

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