Um estudo recente da in-Store Media, empresa especializada em comunicação omnicanal no ponto de venda, salienta o incremento da preocupação dos consumidores em comprarem produtos saudáveis. O estudo, do Observatório Shopper Experience (OSE), uma iniciativa da in-Store Media destinada a estudar regularmente o comportamento de compra das famílias portuguesas, revela, também, que as compras online para a despensa continuam a crescer e que o preço continua a ser rei na hora da tomada de decisão de compra.
Os portugueses estão mais atentos à dieta alimentar e àquilo que compram no supermercado. A maioria (63%) acredita que comer de forma saudável é muito importante e tenta, por isso, manter uma alimentação equilibrada, sendo que 78% tem esse cuidado ao longo de todo o ano.
As categorias de produtos da categoria saudável – sem açúcar e sal -, que contêm ingredientes benéficos como quinoa e sementes, por exemplo, são habitualmente os mais comprados e que registam um maior aumento de volume face às compras efetuadas há um ano. Na mesma ordem de ideias, o estudo da in-Store Media revela que 69% costuma ver os ingredientes e composição dos produtos e que a informação que mais gostariam de ver comunicada é a origem do produto.
A escolha do tipo de produtos saudáveis que querem comprar é feita no ponto de venda, por ser o melhor local para tomar este tipo de decisões. É também nas lojas que os portugueses se atualizam sobre as novidades neste tipo de artigos. Todavia, dizem que é nas redes sociais que obtêm mais informação sobre os produtos saudáveis.
Por outro lado, os portugueses estão mais regrados e mais informados no que diz respeito à alimentação, tendo 1 em cada 3 mudado os hábitos de compra no último ano por motivos económicos e/ou por mudanças nos hábitos alimentares.
Naturalmente que existem exceções e 66% diz que não dispensa alguns alimentos que dão mais prazer do que benefícios para a saúde.
Mas a mudança do consumidor português não está apenas ao nível da alimentação saudável. A postura de compra socialmente responsável está a ganhar expressão e tem já um peso significativo para 39% dos consumidores, além de que 79% afirma que já não utiliza sacos de plástico e que recicla cada vez mais.
Compras online de supermercado quase duplicam face ao ano anterior
As compras online são cada vez mais uma opção para os portugueses. 16% dos inquiridos fazem efetivamente compras online, uma percentagem, que representa um aumento de 7% face ao ano anterior, quando comparados os dados apurados pelo estudo Observatório Shopper Experience da in-Store Media em 2017 e 2018.
No momento de escolher um supermercado online, os inquiridos têm em consideração a forma como recebem todos os pedidos, que têm de estar em bom estado, e na pontualidade com que as suas encomendas chegam, que o website tenha as mesmas promoções e vantagens que a loja física e que seja fácil e intuitivo, porque querem dedicar o menor tempo possível nas compras, e que tenham acesso, também, aos produtos frescos, tão bons como os do mercado ou lojas de bairro.
Por oposição às compras online, na decisão de ir à loja, o hipermercado é o preferido por 86% dos inquiridos, seguindo pelo supermercado com 64%. As mercearias de bairro e o comércio tradicional são uma opção para as compras de 27% dos inquiridos, 14% fazem compras nos mercados de bairro e mercados semanais ambulantes e 8% recorrem às lojas/supermercados de produtos orgânicos. 4% compra directamente a produtores ou em cooperativas.
De salientar, ainda, que 74% compra habitualmente em mais do que uma insígnia – em média em 3 supermercados, mas a maioria (60%) faz compras semanais em, pelo menos, dois supermercados, e que a maioria dos portugueses (60%) faz compras de 15 em 15 dias e 62% dedica a essas compras o máximo duas horas.
O preço continua a ser quem manda
Tal como nos estudos anteriores do Observatório Shopper Experience, o fator preço é o que mais importa aos portugueses na hora de comprar. Os últimos resultados mostram que 66% apontam esta variável como decisiva na escolha do supermercado/hipermercado para fazerem as suas compras. Segue-se o conforto e experiência da loja, para 63%, a variedade da oferta, para 51%, e, em quarto lugar, com um peso já relevante, a responsabilidade social, referida por 39% dos portugueses.
No âmbito destes 4 motivos de escolha do local onde fazer as compras, há ainda a assinalar algumas especificidades como:
- Ao nível do preço, 73% refere que escolhe uma loja se esta tiver uma promoção de uma marca preferida, a possibilidade poupar sem renunciar às marcas de que gosta (67%), mas também, poder encontrar facilmente todas as promoções (67%).
- No que diz respeito ao conforto e experiência em loja, é importante para 67% dos inquiridos a ausência de filas, a facilidade no estacionamento (64%), encontrar facilmente o que pretende (63%), conseguir fazer todas as compras (63%), empregados amáveis e prestáveis (54%) e sentir que é premiado por ser um bom cliente (47%).
Mas, para 23% dos portugueses, a escolha da loja também é feita com base na oferta de produtos e/ou marcas regionais, na possibilidade de conhecerem produtos novos (21%) e, por vezes também por quererem comprar preparados (8%).