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Retalho

“Não é possível enfrentar os problemas de 2021 com as regras definidas para 2020”

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A AMRR, Associação de Marcas de Retalho e Restauração, face aos dados recentemente divulgados pelo Eurostat, mostrou-se, através de comunicado, muito preocupada com o facto de a redução de vendas no retalho, em fevereiro, ter decrescido 15,4% em Portugal, um valor 7 vezes superior ao verificado na União Europeia.

Neste sentido. Marco Claudino, secretário geral da AMRR, relembra que é necessário dar especial atenção a este segmento, deixando críticas à forma como os problemas do setor estão a ser atacados. “Os dados são muito preocupantes. Se os números da Eurostat refletem que Portugal está pior que a União Europeia e se é absolutamente claro que os dados se encontram ainda influenciados pelo facto de incluírem o retalho alimentar, que se encontra a bater recordes de vendas, cremos que não subsistem dúvidas para ninguém da realidade brutal que os empresários do retalho não alimentar enfrentam.” explica Marco Claudino, acrescentando que “os dados reais do retalho não alimentar são simplesmente dramáticos, pois as lojas estiveram seis meses encerradas no último ano, mais outros seis meses limitados nos horários e nas lotações. É urgente encontrar respostas para todas estas empresas.”

 

Segundo o divulgado, a Associação de Marcas de Retalho e Restauração tem continuado a reunir com grupos e comissões parlamentares, no sentido de encontrar soluções que apoiem, de forma efetiva e real, as empresas dos setores, para que possam salvar milhares de pessoas do desemprego.

“A AMRR foi ouvida na semana passada na Assembleia da República onde apelou a que não se fizesse de conta que o confinamento de 2021 não existe. São 3 meses sem receitas, durante os quais as empresas tiveram de pagar dezenas de milhares de euros em custos fixos. É impossível, por exemplo, pagar-se nos Centros Comerciais 60% da renda nestes meses, com zero receitas. Também as lojas de rua sentem este estrangulamento de tesouraria, pois nem a moratória foi decretada. Não é possível enfrentar os problemas de 2021 com as regras definidas para  2020.” conclui Claudino.

 

A AMRR, neste sentido, está a apelar a um apoio efetivo, com medidas concretas tais como:

  1. Prolongamento da moratória de crédito (capital e juros) até março de 2022;
  2. Ajustamento do Programa Apoiar, com vista a ter em consideração, para efeitos de análise da queda de vendas, o mesmo perímetro comparável de estabelecimentos;
  3. Robustecimento do Programa Apoiar Rendas, com reforço dos apoios em termos mais adequados à realidade, e abrangendo também os quiosques dos centros comerciais;
  4. Prolongamento da moratória das rendas;
  5. Equilíbrio e justa repartição de sacrifícios entre proprietários de Centros Comerciais e lojistas, com uma solução legislativa que o permita, assegurando em 2021 uma taxa de esforço não superior à verificada em 2019.

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