Os filhos são o principal motor de motivação para compras cada vez mais sustentáveis, revela um recente estudo europeu da GfK. Apesar de poderem estar em tenra idade, a verdade é que conseguem influenciar mais que os políticos (14%), líderes da opinião pública (13%) ou as celebridades (9%).
Para além dos filhos (45%), os que mais influência têm na tomada de consciência da pegada ambiental na altura da compra são os amigos mais próximos (42%), os cônjuges (37%) e os pais (19%).
Quando este estudo da GfK começou a ser feito em 2019, o meio ambiente já era uma preocupação particular nas gerações mais novas. Em 2020, com a ameaça de uma pandemia global e o confinamento, parecia que a preocupação com o planeta poderia sair das agendas, mas, em vez disso, permaneceu no top-of-mind dos consumidores.
Quatro em cada dez lares na Europa (42%) dizem ser diretamente afetados pelos problemas ambientais. Quando se trata de tomar atitudes em relação à sustentabilidade, mais de um em cada três lares na Europa parou de comprar produtos e/ou serviços devido à sua pegada ambiental negativa. Noutras palavras, a responsabilidade social tornou-se, em alguns países, uma regra absoluta.
Os dados de 2020 mostram que os consumidores acreditam cada vez mais que o seu comportamento de compra pode fazer uma diferença positiva, no meio ambiente. Considera-se que são os fabricantes aqueles que têm maior possibilidade de impactar positivamente o ambiente, seguidos do governo.
Na era da covid-19, é ainda mais notável que tantos consumidores queiram evitar o desperdício de embalagens, refletindo-se no comportamento de compra. Três em cada dez famílias certificam-se de que os itens que compram não são embalados em plástico.
Os resultados deste estudo são baseados na pesquisa realizada pela GfK, em colaboração com a Kantar e a Europanel em dezanove países, cujos dados são de dez mercados: Portugal, Espanha, Itália, Grã-Bretanha, Irlanda, Alemanha, França, Eslováquia, República Checa e Polónia.