A uma semana de mais uma edição do maior evento de Recursos Humanos do país – a ExpoRH -, fomos ouvir Raquel Rebelo, CEO da IFE by Abilways. A responsável conta de que forma a empresa está a construir o futuro da formação e explica porque acredita que podemos vencer as ‘máquinas’.
A ExpoRH faz 18 anos e é vista como o evento de RH mais importante no país. Como é que se consegue continuar a surpreender as pessoas, ano após ano, ao fim de 18 anos?
Trabalhando em equipa! Com uma equipa ousada que arrisca sair da zona de conforto, enfrenta desafios e tem a audácia de arriscar.
Explorando tendências, criando novas formas de interação e identificando novas histórias para contar e inspirar a audiência a construir o futuro.
A assinatura desta edição é ‘Ready to Dare?’. A IFE by Abilways é uma empresa ousada?
Sim, fazemos por isso! Um excelente exemplo desta ousadia foi o processo de construção de uma visão de futuro partilhada envolvendo todos os colaboradores das várias empresas que fazem parte do universo Abilways (mais de 300) e que terei a oportunidade de explicar em pormenor na minha intervenção. Com este processo ousamos colocar os nossos colaboradores fora do seu ecossistema habitual, estimulando a sua curiosidade, despertando-os para o mundo e potenciando a sua abertura de espírito, preparando-os para responder aos desafios da mudança.
Lidera uma empresa que trabalha a aprendizagem a 360º. Quais os principais desafios na liderança de negócios e ‘talentos’ tão diferentes?
Manter as pessoas envolvidas e comprometidas com a nossa visão e ambição, com um foco no cumprimento dos objetivos de curto prazo, mas empenhados em identificar sinergias para potenciar o nosso negócio.
Manter uma organização ágil e flexível para nos permitir ajustar e mudar sempre que necessário sem grandes “dores”.
A ‘decisão colaborativa’ é um dos temas tendência na área dos Recursos Humanos e é um conceito que a IFE by Abilways tem procurado implementar, nomeadamente com o Processo Visão 2025. Quais os principais benefícios?
A decisão colaborativa fomenta sobretudo a autonomia dos colaboradores e contribui para aumentar a agilidade na resposta à mudança.
Promover a colaboração favorece a transparência e melhora a coesão das equipas, facilitando o meu trabalho enquanto líder.
Como vê o futuro da formação e do desenvolvimento? Quais serão as grandes tendências dos próximos anos?
Preparar as pessoas para serem capazes de aprender a reaprender. Este é na minha opinião o grande desafio que temos pela frente nos próximos anos.
Quando estamos a ser diariamente desafiados e postos à prova pela inteligência artificial, quando se estima que até 2030 um terço das tarefas que fazemos atualmente possam ser efetuadas por robôs, quando se antevê que até 2030 cerca de 400 milhões de empregos sejam afetados em todo o mundo, torna-se crucial que cada um de nós individualmente tenha uma capacidade de adaptação superior à da sua própria organização. Torna-se essencial identificar o que nos torna únicos, humanos, e por isso mesmo insubstituíveis por uma máquina. É esta singularidade que nos vai dar vantagem competitiva.