Para além do programa de controlo do deficit das Contas Públicas, a saída para a crise em Portugal tem de passar pela criação de valor, sobretudo pelas empresas portuguesas exportadoras, afirmaram especialistas da Universidade de Viena, durante o evento.
Um estudo apresentado pela Associação Sul-Coreana de Marketing, realizado na Ásia, demonstra também que a imagem associada ao país de origem influencia significativamente as preferências dos consumidores por determinadas marcas, bem como o seu nível de envolvimento com o produto.
Para estes especialistas, Portugal terá de fazer um sério esforço em várias áreas, de forma a facilitar o papel do marketing das empresas exportadoras nas quais, o segundo relatório de competitividade Portugal se encontra mal classificado entre 147 países, em áreas chave: desperdício na administração pública (137.º lugar), eficiência do sistema judicial na arbitragem de conflitos (131.º lugar), cooperação nas relações laborais (110.º lugar), correlação entre salários e produtividade (112.º lugar) e fuga de cérebros (80.º lugar).
Para Rui Vinhas da Silva, professor na reputada Manchester Business School durante mais de uma década, Portugal deveria estar nos 30 primeiros lugares destes rankings. “Este fraco desempenho tem um fortíssimo impacto na marca de país de origem, retirando valor às exportações portuguesas, ao fazer associações negativas entre a marca de origem do país e as marcas comerciais”.