A criação de contact centers no interior do país “tem tido um significativo impacto na economia local dessas regiões, criando emprego, não só jovem, mas também sénior, e ajudando a fixar as populações em zonas de baixa densidade demográfica”. Quem o diz são os presidentes das Câmaras Municipais de Elvas, Viseu e Seia e o Chefe de Gabinete do autarca da Covilhã.
Foi durante a Conferência da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC), no Porto, que os autarcas defenderam a importância destas estruturas na economia das regiões do interior. Nuno Mocinha, Presidente da autarquia de Elvas, onde está localizado o contact center da Randstad, defendeu que a atividade “tem um grande impacto nesta região”, permitindo contrariar a redução demográfica. Uma opinião partilhada por Carlos Figueiredo, autarca de Seia, que diz mesmo que, no seu município, este é o setor com maior empregabilidade. Recorde-se que é em Seia que se localiza o contact center da EDP.
Por sua vez, o autarca de Viseu, António Almeida Henriques, explicou que no seu município, onde já estão presentes três contact centers (Konecta, Randstad e CUF), “um emprego num contact center é encarado numa perspetiva de carreira e não como algo temporário, ao contrário do que acontece em Lisboa.” Hélio Fazendeiro, chefe de Gabinete do autarca da Covilhã, afirmou que os contact centers têm feito toda a diferença em matéria de empregabilidade, sobretudo de pessoas com mais de 50 anos de idade, que veem no setor uma oportunidade para voltar à vida ativa.
Já para o CEO da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, os contact centers são determinantes na relação entre as empresas e os clientes. “Os contact centers criam um emprego e não um emprego de segunda ou de terceira. Estamos, de forma consciente, a combater alguns estigmas e estereótipos que foram criados à volta da criação de emprego” nesta área. O CEO da Altice disse ainda que “se hoje Portugal se encontra com uma taxa de desemprego relativamente baixa, muito deve também à criação de contact centers, que tem ajudado a desenvolver a economia nacional. Trata-se de um setor que emprega já cerca de 100 mil pessoas.”