No panorama tecnológico contemporâneo, muitas organizações encontram-se numa situação paradoxal: investiram significativamente em infraestruturas e plataformas digitais que lhes deveriam proporcionar eficiência e inovação, mas que as aprisionaram num estado de dependência tecnológica que limita a sua capacidade de evolução e adaptação. Esta situação intermédia, em que a empresa não consegue avançar nem recuar com facilidade, assemelha-se ao conceito teológico do purgatório: um espaço de espera forçada, de limitações autoinfligidas, em que as decisões do passado condicionam inexoravelmente as possibilidades…

