Com o paradigma energético a alterar-se, com o consumidor cada vez mais exigente naquilo que é a sua experiência de retalho, existem hoje muitas sinergias entre retalhistas e prestadores de serviços. A Power Dot, empresa portuguesa, posiciona-se como um dos aliados-chave para a potenciação da experiência em espaços comerciais e o balanço dos quatro primeiros anos de atividade não poderia ser mais positivo.
Operando já em vários mercados, tendo obtido um financiamento de monta durante o ano de 2022, na rubrica “Três perguntas a…”, José Maria Sacadura, CEO da empresa, mostra-se apostado em ser uma referência em termos de postos de carregamento na Europa. Confira nas linhas os pontos-chave da conversa com o máximo responsável da empresa lusa.
Com quatro anos de atividade, como avaliam a vossa presença em Portugal e nos mercados onde operam?
A Power Dot é a maior empresa portuguesa a operar na Europa a nível de instalação de carregadores para veículos elétricos, estando presente – de forma estruturada e consolidada – em Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Bélgica e Polónia. Graças ao seu modelo de negócio inovador e a um histórico de sucesso, em maio conseguiu captar o investimento de 150 milhões de euros do fundo francês Antin, o qual será fundamental para futuros projetos. Sobre 2022, por exemplo, foi um ano que superou as nossas expectativas, pois aumentamos estrategicamente a equipa e também atingimos os 6000 pontos de carregamento na Europa. Estes números são particularmente importantes, na medida em que permitem acelerar a tão necessária transição energética nas estradas e, deste modo, contribuir para a redução da pegada carbónica e para o cumprimento das ambiciosas metas ambientais de 2030 e de 2050.
A experiência de consumo é muito mais do que uma ida à loja. De que forma têm ajudado os vossos parceiros a melhorarem a experiência dos seus clientes?
Quando um parque de estacionamento de acesso público possui um carregador para veículos elétricos é sempre um fator de diferenciação. Em muitas situações já deixou de ser uma mais-valia para passar a ser o elemento decisivo na hora de escolher um shopping, um supermercado, um restaurante, um ginásio ou um hotel. Porquê? Porque o paradigma do “abastecimento” mudou com os elétricos. Nenhum condutor quer sair da sua rota e estar 20 minutos ou 3 horas dentro da viatura até que esta seja carregada. Para nós a resposta é clara: este serviço tem de ser fornecido nos espaços que o condutor frequenta, permitindo-lhe rentabilizar de forma útil o seu tempo. Por isso, a Power Dot está onde o dono do elétrico está. Por sua vez, para o proprietário do parque tudo é vantajoso: com o investimento 100% da Power Dot (assegura instalação, gestão e manutenção) usufrui de um equipamento que atrai e fideliza novos clientes e ainda recebe parte das receitas decorrentes dos carregamentos efetuados.
Qual a vossa expectativa para os próximos anos em termos de crescimento?
A Power Dot tem vários objetivos para os próximos anos. Primeiro, continuar a crescer e a consolidar a posição de topo em todos os mercados onde opera. Além disso, pretende ainda oferecer sempre um serviço premium aos parceiros, nomeadamente através da instalação de equipamentos inovadores. A nível de número de carregadores, em termos práticos, no nosso país temos previsto instalar 2000 pontos até 2025 e 4000 até 2030. Na Europa queremos alcançar os 27 500 em 2030. Por outro lado, e não menos relevante, fazer crescer a nossa equipa também é outro dos nossos investimentos, pois só com pessoas qualificadas é que conseguimos chegar mais longe de forma sustentada e sustentável.
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