Competências instantâneas
Em 2015, os consumidores vão prestar menos atenção ao que possuem e compram e mais aquilo que conseguem fazer ou criar. Para as marcas e empresas isto representa um desafio na eliminação de barreiras à criação de elevada qualidade, como forma de conquistar consumidores aspiracionais. Como exemplo a Trendwatching usa o Instagram, que conseguiu criar um ‘exército’ de “fotógrafos profissionais instantâneos”. Estes novos consumidores proactivos (prosumers) têm interesse em ajudar a desenhar os produtos e serviços das suas marcas preferidas e esperam que a sua opinião conte na decisão final das empresas.
Serviços mais rápidos
2015 será também o ano dos serviços ‘ultra-rápidos’. Os clientes não querem esperar em filas e desejam que as empresas retribuam a sua preferência e fidelização com a criação de serviços prioritários. Em outubro de 2014, a Starbucks anunciou a criação de uma nova função na sua app que irá permitir aos clientes encomendar os seus pedidos ‘on-the-go’, para que sejam logo atendidos assim que cheguem à loja.
Pagamentos mobile vão tornar-se demasiado comuns e vão ter que evoluir
As empresas que aceitarem pagamentos mobile em 2015 vão ficar aquém. De acordo com a Trendwatching, os pagamentos mobile vão ter que permitir a partilha de custos, de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores. De acordo com um estudo recentemente realizado nos Estados Unidos da América e no Reino Unido, 45% dos ‘Millennials’ gostavam de poder usar os seus smartphones para dividir os custos de produtos e serviços com os seus amigos, por exemplo, num restaurante. Segundo a Trendwatching, em 2015 já vai ser possível dividir uma despesa e pagar apenas uma percentagem com os dispositivos mobile.
Comportamento do consumidor já não se explica com dados demográficos
Para a Trendwatching, e de acordo com alguns investigadores de sociologia do consumo e comportamento do consumidor, é altura de reformar os antigos modelos demográficos usados para explicar a forma como o consumidor age.Os padrões de consumo já não são definidos pelos segmentos demográficos tradicionais, como idade, género, localização e rendimento. No entanto, sim, os consumidores mais jovens e mais ricos continuarão a ser os primeiros adotantes das inovações.
Consumidores serão recompensados pelos seus ‘bons comportamentos’
Cerca de 70% dos consumidores sentem que as marcas são motivadas apenas pelo desejo de aumentar os lucros, em vez de se focarem no serviço aos seus clientes. No próximo ano, segundo a Trendwatching, as marcas vão querem mudar esta perceção, e a proliferação de ‘wearable devices’ vai ser uma forma de atribuir ‘recompensas’ personalizadas aos consumidores, como descontos e incentivos, por cada vez que estes tenham atitudes positivas. A Foodtweeks é uma das que já adotou esta estratégia e ajuda as pessoas a consumir menos calorias. Os utilizadores dizem à app aquilo que vão comer e esta sugere como reduzir as calorias da refeição. Se o consumidor seguir o conselho, a Foodtweeks faz um donativo correspondente às calorias retiradas do prato a um banco alimentar local.
Flexibilização dos preços
As marcas vão ainda estar mais dispostas a dar descontos aos seus clientes se perceberem que isso, de alguma forma, lhes facilita a vida. Porquê? Porque apenas 30% dos consumidores a nível global acreditam que as marcas se comprometem de forma sincera com os seus clientes.Em maio de 2014, a PareUp passou a permitir que vários restaurantes e coffee shops da sua rede vendessem, a preços reduzidos, alimentos que seriam deitados para o lixo por já não serem do dia ou por não terem um aspeto que correspondesse aos standards.