Entre 1 de janeiro e 31 de outubro deste ano já nasceram 41.852 novas empresas, cerca de 3.700 mais do que no mesmo período de 2018, o que representa um crescimento de 9,8%, indica o mais recente Barómetro Informa D&B.
No setor do retalho nasceram 4.480 empresas, até 31 de outubro, correspondendo a mais 309 que em igual período de 2018, equivalente a um crescimento de 7,4% face ao período homólogo.
Já no que toca aos encerramentos, a D&B indica que estes decresceram 15,2% face aos primeiros 10 meses de 2018, cifrando-se 2.075 contra os 2.446 de igual período de 2018.
Já o setor grossista registou um crescimento muito ligeiro de 0,3% face aos primeiros 10 meses de 2019, embora se destaque o decréscimo no encerramento de empresas neste setor que mostra uma descida de 26,6%.
Segundo o Barómetro Informa D&B, “o tecido empresarial está a caminho de um novo recorde anual de criação de empresas, mas os setores mais dinâmicos estão a mudar”. Enquanto nos anos recentes os setores das atividades imobiliárias e do alojamento e restauração (sobretudo o subsetor do ‘Alojamento de curta duração’) apresentaram grandes crescimentos na constituição de novas empresas, em 2019 são os setores dos Transportes e da Construção que mostram maiores crescimentos neste indicador.
Pelo contrário, os setores onde a constituição de empresas não cresce face ao período homólogo devem essa quebra à menor quantidade de novas empresas ligadas ao turismo, uma tendência que se tem consolidado a partir do 2.º semestre de 2019.
Todos os setores registam menos encerramentos do que em 2018, há exceção da agricultura e outros recursos naturais, com uma descida residual de apenas três casos: Indústria, Grossista e Construção são aqueles em que a descida dos encerramentos é mais acentuada.
Por outro lado, os novos processos de insolvência registam uma quebra de 8,2%, uma tendência que vem já desde 2013, mas que é agora menos acentuada.
Há setores que dão sinais de inverter esta tendência de descida nas insolvências. Entre os setores mais representativos, as Indústrias destacam-se pela negativa, com uma subida de 16,7%, que se deve sobretudo aos subsetores dos subsetores ‘têxtil e moda’ (267 novas insolvências, +75 casos) e ‘metalurgia’ (59 novas insolvências, +17 casos).