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Retail media, sustentabilidade, marketplaces e IA vão definir o retalho em 2025

Retail media, sustentabilidade, marketplaces e IA vão definir o retalho em 2025 iStock

Especialistas da Webloyalty, identificaram as 10 tendências-chave que vão marcar o setor em 2025 e redefinir a experiência do consumidor e a forma como as marcas operam.

” 2025 marcará um ponto de viragem para o setor do retalho, definido pela inovação, pela sustentabilidade e por uma profunda orientação para o cliente. As marcas que se alinharem com estas tendências-chave estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades que um mercado em constante evolução apresenta”, afirmou Eduardo Esparza, VP General Manager da Webloyalty Iberia & Brasil.

 

E continua: “desde a ascensão do Retail Media até a personalização impulsionada pela inteligência artificial, estas transformações estão a redefinir não só a experiência de compra, mas também o papel do retalho na vida diária do consumidor, onde a agilidade, a autenticidade e a adoção de tecnologias avançadas serão cruciais para o sucesso”.

Conheça as tendências:

  1. Retail media: segundo a Webloyalty, é um segmento que se vai consolidar como “um motor-chave do setor, transformando a publicidade digital e posicionando os retalhistas como atores principais”.Este modelo, baseado na segmentação e personalização graças aos dados dos clientes, oferece um ROI mais direcionado do que os meios tradicionais. Com um investimento em mercados como o do Reino Unido projetado acima dos 7.000 milhões de libras, e um gasto global estimado em 166.000 milhões de dólares para 2025 (eMarketer), “o crescimento do Retail Media é imparável”, sublinham os especialistas.
  2. Influenciadores: em 2025, mais de metade das marcas planeiam aumentar o seu orçamento para criadores de conteúdo (LTK e Northwestern University), impulsionadas pelo crescente mercado de influenciadores de moda, avaliado em 6.820 milhões de dólares em 2024 (Grand View Research).Segundo a empresa, estes influenciadores desempenham “um papel crucial nas decisões de compra”, oferecendo recomendações autênticas e confiáveis, especialmente valiosas para as gerações mais jovens.“Plataformas como o TikTok, o Instagram e o YouTube não só facilitam a descoberta de produtos, como também permitem compras diretas, combinando a imediatez digital com uma forte ligação emocional entre marcas e consumidores”, explicam.
  3. Sustentabilidade: nesta área, a empresa frisa que a sustentabilidade é também uma prioridade essencial para o setor do retalho. De acordo com o Diverstech Global Guide to Sustainable Retail Industry 2025, os consumidores querem que os retalhistas os ajudem a adotar um estilo de vida mais sustentável e exigem que as marcas tomem a iniciativa: 64% querem que reduzam as embalagens, 50% desejam informação sobre como reciclar e 46% precisam de esclarecimentos sobre a origem dos produtos. Programas de revenda, aluguer e reparação ganham adeptos, o que permite às marcas captar a atenção de consumidores que procuram um consumo mais consciente. Neste sentido, os especialistas defendem que as empresas que priorizam a sustentabilidade não só satisfazem consciências, como também melhoram os resultados financeiros.
  4. Cross-sector: as colaborações estratégicas entre marcas de diferentes setores ou com audiências distintas perfilam-se como uma tendência-chave, frisa a Webloyalty.Estas parcerias, que permitem explorar novos públicos e oferecer experiências únicas, impulsionam a captação de clientes, com um crescimento estimado de 23% (Nestify). Exemplos como a aliança da Netflix com La Romana Dal 1947 para a estreia de “Os Bridgerton”, demonstram o potencial destas sinergias para gerar impacto, aportar valor ao consumidor e posicionar as marcas como inovadoras e relevantes.
  5. Inteligência artificial (IA): com um mercado projetado em 45.740 milhões de dólares para 2032 (Precedence Research), a IA tem vindo a consolidar-se como “uma força transformadora no retalho que veio para ficar e crescer”, afirmam os especialistas.De acordo com os mesmos, os consumidores procuram experiências personalizadas que se ajustem às suas necessidades, e a IA permite às marcas oferecer isso. Através da análise de dados, são geradas recomendações e experiências segmentadas que melhoram a satisfação do cliente e fomentam a fidelização, demonstrando uma profunda compreensão dos seus desejos.
  6. Marketplaces: a ascensão dos marketplaces próprios apresenta-se como outra tendência de destaque, permitindo aos retalhistas ampliar o seu catálogo com produtos de terceiros, sem os riscos associados ao inventário. Os especialistas destacam ainda que este modelo oferece ao consumidor “uma experiência mais completa, com maior comodidade e variedade num único ponto de compra”.
  7. Pontos de venda: apesar do contínuo crescimento do comércio eletrónico, as lojas físicas não perdem terreno e reinventam-se como centros de experiência, integrando tecnologia e personalização. Conceitos como zonas “instagramáveis”, espaços de lazer e gastronomia, provadores virtuais, lojas sem contacto e pontos de recolha online transformam o papel da loja tradicional. A Webloyalty acredita que esta fusão entre o físico e o digital “cria ambientes atrativos que fortalecem o vínculo entre marcas e consumidores”.
  8. Autenticidade: tornou-se um valor fundamental para as marcas, com 88% dos consumidores a considerá-la um fator-chave nas suas decisões de compra (Stackla).“Num mercado onde a lealdade é cada vez mais difícil de conquistar, as marcas que projetarem coerência e transparência nos seus valores, desde a sustentabilidade até a sua comunicação, ganharão a confiança do consumidor e posicionar-se-ão como líderes”, adiantam os especialistas.
  9. Fusões e aquisições: o panorama económico impulsiona a consolidação no setor do retalho, com grandes empresas a adquirirem marcas menores para fortalecer a sua posição e expandir o seu alcance. Os especialistas afiram que as fusões e aquisições “redefinem a competitividade, favorecendo as empresas com maior capacidade de inovação e adaptação, enquanto muitas empresas menores lutam para sobreviver”.
  10. Diversificação de fontes de receita: para a Webloyalty, a diversificação de receitas tornou-se “uma prioridade estratégica” para os retalhistas, adiantando que, em 2025, o modelo de uma única fonte de receita será “obsoleto”.“As empresas líderes transformam as suas plataformas em ecossistemas multifuncionais, integrando opções como anúncios ou localizações de destaque para gerar receitas recorrentes. Os espaços comerciais evoluem do transacional para o imersivo, combinando comércio, eventos e subscrições para oferecer experiências dinâmicas”, enfatizam. Os especialistas avançam que 18% dos retalhistas já geram pelo menos 20% das suas receitas fora da sua atividade principal, segundo o estudo “Beyond the Core” da Webloyalty e BRC.
 

 

 

 

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