A justificação aponta para uma procura por países como a China ou Emirados Árabes Unidos por terem maiores perspetivas de crescimento e menor probabilidade de serem afetadas por medidas de austeridade.
O Dubai classificou-se assim em primeiro lugar, a par de Londres, dos mercados de Retail mais procurados. Moscovo, Pequim, Xangai, Cidade do Kuwait, Istambul e Riade mantiveram também posições de destaque no top 20, à frente de mercados estabelecidos.
Lisboa colocou-se na posição 36 do ranking mundial de cidades mais atrativas para a entrada de novos retalhistas, com 30% dos retalhistas internacionais. Já a cidade do Porto alcançou a posição 73, com 23, 5% dos retalhistas internacionais.
Para Carlos Récio, diretor da agência de retail da CB Richard Ellis Portugal, “Portugal, e neste caso especifico Lisboa e Porto, mantêm as posições relativas que ocupavam no ano passado, o que face à conjetura económica e ambiente associado que vivemos não deixa de poder ser considerado um bom resultado. Continuamos a registar um aumento na procura de localizações prime, nomeadamente em Lisboa, mantendo-se a oferta disponível a um nível muito baixo, o que de alguma forma impediu que pudéssemos assistir à tendência verificada noutras cidades europeias”.
Por outro lado, Espanha mereceu resultados “surpreendentes” face às suas “recentes dificuldades económicas”, tendo ocupado “lugares cimeiros dos rankings”, refere o diretor do departamento de cross border retail da região EMEA da CB Richard Ellis, Peter Gold. “Os direitos de entrada e os depósitos baixaram drasticamente e os valores das rendas seguiram a tendência e desceram 20% a 30% em alguns mercados, tanto nas principais ruas como em centros comerciais. A rara disponibilidade de espaços prime alterou-se pela falência de retalhistas mais débeis e pela vontade dos proprietários de mudar a composição de retail do seu atual portefólio, o que ofereceu aos retalhistas internacionais uma oportunidade para entrar nas principais cidades de Espanha”, explica.