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Produção

Parlamento Europeu quer proibir designações vegetarianas

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O Parlamento Europeu irá votar, esta semana, alterações (165 e 171) à Política Agrícola Comum (PAC) para impedir as empresas europeias de designar os seus produtos como “hambúrguer vegetariano” ou “salsicha de origem vegetal”. Além disso, poderá também ser restringida a nomeação de alternativas lácteas de origem vegetal, proibindo termos como “estilo iogurte”, “alternativa ao queijo” e “substituto da manteiga”.

Nuno Alvim, presidente da Associação Vegetariana Portuguesa, defende que “as alterações 165 e 171 à Política Agrícola Comum representam uma intromissão burocrata na liberdade do mercado europeu, criando restrições desnecessárias para as empresas que procuram inovar no sector alimentar e fazer face ao aumento considerável da procura por produtos vegetarianos em Portugal”.

 

Até agora, várias organizações e empresas europeias já se mobilizaram contra estas alterações legislativas. A European Alliance for Plant Based Foods, que inclui empresas como a Nestlé, a Upfield e a Beyond Meat, defende que “ambas as emendas são contrárias à direção política progressista da União Europeia em relação à promoção de uma alimentação sustentável, como estabelece o Pacto Verde Europeu e a estratégia Do Prado ao Prato”, cita a AVP.

Para o presidente da AVP , esta medida “é contraproducente, pois para além de representar custos acrescidos para as empresas, resultante da necessidade de re-etiquetagem das embalagens e de não ajudar a esclarecer o consumidor, também não estão alinhadas com as recomendações internacionais, no sentido de combater as alterações climáticas com uma aposta no consumo de proteína vegetal”, conclui.

 

As emendas 165 e 171 serão votadas esta semana no Parlamento Europeu.

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