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Tecnologia

IA no retalho e produção: Três casos de uso de grandes players

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A Inteligência Artificial (IA) permeou quase todas as dimensões da vida humana e o retalho e produção estão a aproveitar a onda para melhorar alguns aspetos e dinâmicas internas e externas.

Assim, quer seja para melhorar o atendimento ao cliente, para redesenhar embalagens ou para estudar futuros impactos, quer retalhistas, quer grandes marcas parecem estar a tentar tirar o maior proveito possível desta tecnologia.

 

Vamos ver três casos de uso:

 

Walmart: Um assistente para os comerciantes

A Walmart apresentou recentemente o Wally, o seu novo assistente impulsionado por inteligência artificial generativa (GenAI). Este novo ‘elemento’ da equipa visa aumentar a produtividade dos seus comerciantes e, segundo a empresa americana, permitirá compreender mais rapidamente questões relacionadas ao tratamento de  dados, automatizando diversos processos que consomem muito tempo, como a entrada e análise de dados, identificação de produtos com desempenho superior ou inferior ao esperado, resposta a questões operacionais e geração de tickets para problemas não resolvidos.

 

O Wally foi desenhado para ser intuitivo e não irá requerer formação técnica por parte dos utilizadores, permitindo que estes façam perguntas e obtenham informações úteis em segundos. A resposta dos comerciantes da Walmart ao Wally tem sido muito positiva, e a empresa planeia continuar a melhorar a ferramenta com base nos comentários e necessidades dos utilizadores, com o objetivo de que o Wally possa eventualmente agir de forma autónoma em nome do comerciante, dentro de limites configuráveis, executando as ações táticas necessárias para concretizar a sua estratégia.

 

Unilever: Adaptar embalagens… baixando custos

Unilever iniciou uma transformação no seu processo de criação de imagens de produtos ao incorporar tecnologias baseadas em inteligência artificial como parte da sua estratégia GAP 2030. A tecnologia 3D em tempo real e fisicamente precisa irá permitir à empresa criar gémeos digitais duas vezes mais rápido e a um custo 50% inferior em comparação com a fotografia tradicional, garantindo a consistência da marca.

Esta mudança representa uma transição de um processo complexo e demorado para um que fornece conteúdo preciso e consistente em todos os canais, conforme observado pela empresa.

A tecnologia permite à Unilever criar uma única versão digital de cada produto, incorporando todas as variantes, etiquetas, embalagens e formatos de idioma num único ficheiro. Ao adotar a Descrição Universal de Cena Abertas (OpenUSD), a Unilever garantiu a compatibilidade entre os seus sistemas e fornecedores.

Heineken: Um laboratório para entender o futuro… no presente

Por fim, a Heineken anunciou recentemente o lançamento do seu primeiro Laboratório Global de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) em Singapura, com o objetivo de transformar a forma como a GenAI melhora o crescimento, a produtividade e a interação com os clientes nas operações globais da empresa.

Este laboratório, estabelecido em colaboração com a AI Singapura, liderará o desenvolvimento de soluções avançadas e escaláveis de GenAI em áreas comerciais críticas, incluindo sistemas de IA sofisticados que podem resolver problemas complexos de forma autónoma, desde a criação automatizada de conteúdo de marketing até relatórios financeiros inteligentes, e sistemas de suporte ao cliente ou gestão do conhecimento de próxima geração.

Até ao final de 2025, o laboratório pretende reunir um grupo especializado de peritos a tempo inteiro, integrando especialistas em Digital & Technology da Heineken com talento recrutado da AI Singapura. Este grupo terá acesso à reserva de talento da AI Singapura.

“O futuro do trabalho no retalho será marcado por uma maior integração de tecnologias avançadas, como a IA, a automação e a análise de dados”

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