O grupo francês FNAC Darty, especializado na distribuição de bens culturais, tecnológicos e de lazer, aumentou, em 2019, as vendas em 3% face ao ano anterior, com o relatório e contas a indicar um total de 7,349 mil milhões de euros contra os 7,132 milhões de euros do ano anterior. Estes números têm por base as vendas like-for-like, já que nas vendas reportadas (2018 vs 2019) os números mostram uma quebra de 126 milhões de euros nas vendas.
Os números mostram, igualmente, uma baixa nos lucros líquidos atribuídos a operações contínuas. Ou seja, se em 2018, os lucros se cifraram nos 158 milhões de euros, no final do 2019, o grupo revela lucros líquidos de 114 milhões de euros, ou seja, menos 44 milhões de euros.
Por geografias, destaque para a operação França/Suíça que obteve receitas de 6,031 mil milhões de euros, correspondendo a uma subida de 3,4% face a 2018.
A operação ibérica (Espanha e Portugal), por sua vez, evoluiu 2,7% para 722 milhões de euros, enquanto em parte do Benelux (ou seja, Bélgica e Luxemburgo) o crescimento foi de 0,3% para 596 milhões de euros.
Enquanto em Espanha o grupo refere que o país apresentou um crescimento de vendas graças a boa execução operacional, apesar da concorrência forte de players físicos e do comércio eletrónico, em Portugal, o impulso das vendas permaneceu sólido ao longo do ano de 2019.
As vendas na região beneficiaram, de resto, do crescimento de produtos técnicos, impulsionado, principalmente, pelo momento de vendas de produtos de som e telefonia e pela resiliência dos livros.
As categorias mais diversificadas registaram forte crescimento, impulsionadas pelos brinquedos e jogos, bem como pela mobilidade urbana.
Os serviços, por sua vez, registaram um crescimento de dois dígitos em Portugal, em 2019, e um declínio em Espanha. A região beneficiou da expansão contínua da rede, com a abertura de oito lojas (quatro na Espanha e quatro em Portugal) durante todo o ano.
As vendas online também registaram um crescimento de dois dígitos na região ibérica, enquanto o lucro operacional atual foi de 25 milhões de euros no exercício do ano anterior, comparando com os 25,4 milhões de 2018, ou seja, quase um resultado estável, com base “no controlo de custos”, refere o grupo. obstáculo ao controle de custos. A margem operacional atual foi de 3,5%, queda de 10 pontos base.
Para 2020, o CEO da FNAC Darty, Enrique Marinez, que já liderou a operação portuguesa da FNAC, refere que “o grupo procurará a integração das aquisições recentes e continuará a oferecer aos seus clientes uma experiência de compra exclusiva, moderna e digitalizada que nos diferencia”.
Assim, para este exercício, o objetivo é de um “ligeiro crescimento nas vendas e no lucro operacional”, confirmando, ao mesmo tempo, os objetivos de médio prazo que passam por alcançar “um crescimento de receita superior aos mercados e uma margem operacional atual entre 4,5% e 5%”.