A conclusão é de um estudo realizado pela divisão de consultoria da Indra, que indica também que a utilização de redes sociais para criar engagement, ou a inclusão de elementos diferenciadores na experiência do novo perfil de consumidor, são desafios importantes que as empresas do setor enfrentam.
O documento foi criado com o objetivo de ser um guia para abordar os novos desafios provenientes das tendências de consumo a partir de entrevistas realizadas em Espanha. No total, foram inquiridos 1500 consumidores e 600 empresas
“A ampla e diversificada oferta, aliada à proliferação de consumidores permanentemente informados graças à universalização da internet, mas com menos recursos disponíveis e dispersos numa multiplicidade de canais e redes sociais, exige dar um passo em frente num mercado mais competitivo de forma a encontrar o elemento “diferenciador”. As previsões apontam para que o consumidor do futuro, o nativo digital, que hoje representa 38% da população, aumente para 56% em 20 anos e 75% daqui a 40”, indica o relatório.
Neste contexto, os autores do relatório consideram necessário reforçar e reajustar as estratégias de marketing no âmbito digital, para obter o engagement com as marcas, compreender o customer journey para se adaptar rapidamente às suas necessidades, surpreende-lo e construir um modelo colaborativo que permita uma escuta bidirecional. Desta forma, por exemplo, as promoções atrativas e sorteios nas redes sociais perfilam-se como um dos principais motivos para que os consumidores se convertam em seguidores de marcas, assim como o compromisso com o meio ambiente e a saúde, qualidade e inovação do produto, são fatores chave que fazem com que um potencial comprador escolha uma marca em particular.
Como revela o estudo, “a inovação tecnológica como meio para conhecer melhor o consumidor, responder às suas necessidades e inclusivamente antecipar as mesmas, é algo que já acontece, mas que algumas empresas têm falhado em adotar. As tecnologias de análise de dados já estão disponíveis mas, todavia, ainda não se implementou um modelo que permita que a informação seja partilhada por todos os departamentos das empresas. Os beacons, o Big Data ou a extração de informação a partir de redes sociais com vista a obter potenciais consumidores, são alguns dos exemplos com muito caminho pela frente”.