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ESPECIAL ALIMENTARIA 2011: “Otimismo moderado” entre expositores portugueses

ESPECIAL ALIMENTARIA 2011: "Otimismo moderado" entre expositores portugueses

A DISTRIBUIÇÃO HOJE auscultou duas dezenas de expositores portugueses no salão internacional da alimentação, hotelaria e tecnologia para a indústria alimentar. Uma tomada de pulso aos expositores nacionais permite concluir por um “otimismo moderado”, ainda que sob reservas, isto enquanto se aguarda pelo balanço oficial do evento promovido pela Alimentaria Exhibitions e FIL.

Com efeito, larga maioria da amostra de expositores optou por um balanço positivo da participação no salão, assim como avançou com perspetivas positivas para o ano em curso. Um resultado e uma projeção que exigem a ressalva que terão participado no salão os expositores que melhor estão a resistir à crise e se sentem preparados para continuar a investir, inovar e crescer na difícil conjuntura económica do país. Muitos dos sondados admitem “expectativas de crescimento” no mercado em 2011, uma vez mais acautelando que grande parte é dos setores dos produtos congelados e de panificação e equipamentos para hotéis que tradicionalmente melhor subsistem à crise. Parte deste otimismo é suportado pelas exportações para além do mercado interno.

Os expositores nacionais escutados inclinaram-se também por considerar o salão como um evento de “contactos, estreitamento de relações com clientes e divulgação de imagem e novidades” e não tanto de negócio com os visitantes profissionais. Por sua vez, a organização da ‘Alimentaria&Horexpo Lisboa’ avalia o salão como um “viveiro de negócios” capaz de gerar transações comerciais com um valor superior a 185 milhões de euros. Aqui observa-se que os promotores da feira incrementaram o programa ‘Hosted Buyers’ em que seis dezenas de compradores foram convidados com o objeto de fomentar o ambiente de negócio através de encontros empresariais com expositores.

 

Num salão de notórias ausências de fabricantes e distribuidores de produtos de alimentação, bebidas, materiais e serviços para a indústria alimentar e do canal Horeca, os expositores ouvidos pela DISTRIBUIÇÃO HOJE manifestaram satisfação pela participação na feira e confiança no crescimento dos seus negócios. Dizem-se preparados e capazes de enfrentar as adversidades ainda que receosos de “impactos ainda mais gravosos” no orçamento das famílias portuguesas.

Atividades paralelas

 

Algumas ideias-chave saídas das atividades paralelas:

  • Os consumidores portugueses são os menos confiantes, há uma diminuição do número de lojas, mas um aumento da faturação, e o formato super continua a ganhar importância.
  • Os consumidores compram MDD por causa da crise, mas a sua maioria afirma que continuará a comprar após esta passar. 68% diz mesmo que quando compara a qualidade das MDD com as marcas de fabricante líderes não consegue notar qualquer diferença.
  • O consumidor atual divide-se em rural seniors, e-shoppers, urban family, enjoy life, under pressure, young trendy, demanding e opportunistic, sendo que para cada tipo de shopper existem diferentes motivações de compras e locais de eleição, devendo a comunicação que é feita ser, por isso, segmentada.
  • A população está a envelhecer. E com esse envelhecimento vêm novas necessidades de novos produtos, o que inevitavelmente levará à necessidade de adequação do sortido no futuro.
  • 54% dos lares acedem à internet e que os que compram online, compram em média duas vezes mais do que quando se deslocam fisicamente às lojas para comprarem.
  • Os hipers são os locais de eleição para experimentação, estão associados ao prazer da compra.
  • Desde que os hipers tiveram permissão para abrirem à tarde aos domingos, 19% das compras dos consumidores passaram a ser feitas a este dia da semana.
  • Os hipers são mais fortes nas categorias de higiene pessoal e do lar e que nestas as marcas de fabricante continuam a dominar.

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