Um novo estudo do Walmart e da Morning Consult concluiu que os consumidores americanos estão cada vez mais interessados a realizar compras online enquanto realizam outra tarefa, nomeadamente ver televisão ou navegar nas redes sociais.
De acordo com a análise, nos últimos seis meses, oito em cada 10 consumidores norte-americanos fizeram uma compra online enquanto se focavam também noutra tarefa.
56% dos consumidores afirmaram comprar online enquanto veem televisão, 55% da Geração Z afirmou comprar online enquanto navegam nas redes sociais e 21% admitiram fazer compras online enquanto fazem outra tarefa do dia a dia.
Comprar online durante uma refeição em casa (21%), durante o horário de trabalho (18%), numa festa/convívio (12%) ou numa visita ao médico (9%) também foram ações referidas pelos consumidores.
A investigação, que questionou 2.233 adultos dos Estados Unidos da América (EUA) durante o mês de março, concluiu que 44% dos compradores da Geração Z começam a sua jornada de compra através de pesquisas online, cerca de quatro em cada dez começam as suas compras navegando nos sites das lojas (42%), visitando aplicações de retalhistas (40%) e através das redes sociais (38%).
“Estamos a entrar numa nova era do retalho em que os clientes esperam ser aconselhados e guiados ao longo das suas deslocações de compras. Os compradores querem que os retalhistas estejam preparados para aquilo que procuram e desejam, ou seja, esperam que estejam prontos com recomendações específicas e disponíveis a adaptar as ofertas às necessidades dos consumidores”, lê-se no estudo.
De acordo com a análise, “estas conveniências promovem a lealdade num sector com as expectativas dos clientes em constante evolução. Os retalhistas que criam experiências personalizadas para os seus clientes serão os vencedores”.
Para Suresh Kumar, diretor global de tecnologia e diretor de desenvolvimento do Walmart, esta nova era do retalho é “definida por experiências de compra profundamente pessoais. Cada comprador define como, onde e quando obtém os produtos, e perceber o contexto é fundamental, ou seja, o porquê da compra”.
E continua: “os retalhistas devem prever as necessidades dos compradores, reduzir a tomada de decisões e permitir experiências altamente pessoais. O sucesso futuro do retalho depende do quão bem antecipamos e atendemos às expectativas em evolução dos consumidores”.
Neste sentido, a análise descobriu ainda que mais de metade dos consumidores querem a implementação de uma ferramenta que lhes recomende os melhores produtos, por exemplo, com base no seu corpo, com quase metade a referir que gostaria de receber sugestões de artigos com base nas suas preferências ou clima local. Já 38% dos consumidores afirmaram de ver disponibilizados um “personal shopper” virtual.
O estudo do Walmart revelou também que os clientes estão a adotar novos canais de compra a velocidades variáveis, em todas as categorias, com o vestuário a registar o nível mais elevado de compras mistas (online e em loja), enquanto as compras da maioria dos produtos alimentares e mobiliário, por exemplo, continuam a ser comprados apenas na loja. Independentemente do canal, os consumidores continuam a valorizar o preço, a qualidade e a confiança.
Além disso, “à medida que os consumidores se sentem cada vez mais à vontade com as soluções tecnológicas, tornar-se-ão mais agnósticos em relação aos canais de compra. A Geração Z, por exemplo, já faz compras relativamente iguais em todos os canais para diversos produtos no geral.