A Amazon anunciou durante os últimos dias os seus resultados financeiros finais para o ano de 2022, sendo que a gigante do e-commerce apresentou aos seus acionistas perdas significativas em termos de valor.
Segundo o anunciado, a retalhista, apesar de ter crescido nas vendas, acabou com resultados negativos de mais de 2,5 milhões de euros, valor em muito explicado pelo aumento dos gastos operacionais em 12,8%, até 501.735 milhões de dólares (463.377 milhões de euros), especialmente nos capítulos de vendas, logística, tecnologia e marketing.
Tendo anunciado que iria dispensar 18 mil colaboradores no início de 2023, a retalhista, ainda assim, faturou um total de 513,983 milhões de dólares (474,689 milhões de euros, aproximadamente) durante o ano de 2022, valor que significa um crescimento de vendas de 9,4% face a 2021, quando, neste particular, a Amazon chegou aos 469,822 milhões de dólares (433,904 milhões de euros).
Relativamente aos despedimentos anunciados, o CEO e presidente da empresa, Andy Jassy, explicou que essas demissões irão afetar diferentes equipas, prevendo que a maioria dos despedimentos ocorra na linha de retalho (lojas) e na divisão de recursos humanos da PXT (Pessoas, Experiência e Tecnologia).
Em termos de resultados, foi explicado que grande parte das perdas assinaladas estarão a dever-se ao seu investimento na Rivian, uma startup de veículos elétricos que tem lutado com atrasos na produção e turbulência no mercado. A startup fez seus próprios cortes de em termos de pessoal, anunciando, na quarta-feira passada, que iria cortar 6% da sua força de trabalho.
Também a contribuir para este menor crescimento, o diretor financeiro da Amazon, Brian Olsavsky, observou que, entre outubro e dezembro, a empresa incluiu nos seus custos o valor de 640 milhões de dólares relacionados com demissões de funcionários e 720 milhões de dólares relacionados à avaliação da empresa relativamente aos seus supermercados físicos.