O retalho português processou, em média, 1,8 mil milhões de euros por dia, num total de 10,2 milhões de pagamentos, durante o ano passado. No total, foram processadas 3,7 mil milhões de operações, no montante total de 655,5 mil milhões de euros. É um crescimento de 20,8% em quantidade e de 16,2% em valor, face a 2021, de acordo com o Banco de Portugal.
A utilização de dinheiro físico para pagamentos continua a reduzir o seu peso. 99,7% das transações já são eletrónicas (cartões de pagamento, débitos diretos, transferências a crédito e transferências imediatas). As transferências imediatas cresceram 34,2% e 54,4% em quantidade e valor, respetivamente. Apesar disso, possuem apenas um peso de 0,3% em número e 2,1% em valor.
Os cartões foram o método de pagamento mais utilizado, estando na base de 88% das transações. Em média, realizaram-se 9 milhões de pagamentos com cartão por dia.
As transferências iniciadas com cartão (em caixas automáticos e através de aplicações móveis) foram as operações com cartão cuja utilização mais aumentou: 45,2% em número e 26% em valor.
Por cada levantamento em numerário em 2022 foram feitas cinco compras em cartão
O contacless já representa 48,8% das compras com cartão, valor que sobre para 60,6% no comércio a retalho. Os pagamentos contactless aumentaram 58,6% em quantidade e 65,7% em valor em relação a 2021. É de recordar que, antes da pandemia, o contacless tinha um peso de apenas 8,2% nos pagamentos com cartão.
Outro aspeto que sofreu alterações a partir da pandemia foram as compras online. Este tipo de compras correspondeu a 14,0% da quantidade e 15,4% do valor total de todas as compras efetuadas. Um valor superior em 6 e 6,6 pontos percentuais do que em 2019 (ano antes da pandemia), respetivamente. Entre 2021 e 2022, as compras online aumentaram 28,4% em número e 32,2% em valor.
Relativamente ao processamento das transações, enquanto o número de caixas automáticas diminuiu 1,5%, o número de terminais de pagamento automático (TPA) aumentou 4% em 2022. No final do ano, Portugal dispunha, em média, de 1,3 caixas automáticos e 43,5 TPA por cada mil habitantes.
