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Pagamentos

Geração Z ganha terreno e marca tendências de consumo globais

O comportamento e as escolhas das novas gerações, em particular da geração Z, começam a refletir-se nas tendências de consumo globais à medida que vão ganhando poder de compra. Pagamentos com dispositivos móveis, altos níveis de segurança e serviços de subscrição de produtos fazem parte das suas preferências e estas foram expostas por Adrian Florin Trache, Head of Product Southern Europe da Visa, na 21ª edição do Smartpayments Congress.

O responsável elencou a sua visão perante as tendências nesta área, começando por evidenciar o peso do contactless e dos pagamentos realizados com o telemóvel. “8 em cada 10 pagamentos europeus são contactless”, denotou. O incremento das transações online na Europa trouxe novos desafios para empresas e clientes ao nível da segurança, contribuindo para a entrada em vigor de regulamentação e autenticações mais fortes por parte do cliente. Aspeto positivo, considerou Adrian Florin Trache, na medida em que se tem refletido numa redução de fraude em torno dos 30%. Algo que sai caro, porque “quanto mais cresce a segurança mais penosa fica a experiência para o utilizador, com a introdução de mais fricção online”.

 

A geração Z, atualmente, já representa 1/3 da população mundial e, por isso, os seus interesses, comportamentos e motivações começam a ganhar força e a mexer com as decisões das empresas.

Outra das tendências notada pelo Head of Product Southern Europe da Visa passa pela economia de subscrição. Alavancados com a pandemia e os períodos de isolamento, que trouxeram novas experiências em casa, os serviços de subscrição ganharam mais terreno, tanto ao nível dos media, como de vídeo, streaming e entregas ao domicílio. “Estamos a ver novos players a chegar à economia de subscrição. Houve uma mudança na mentalidade de consumo que alterou o comportamento dos utilizadores de uma ótica de aquisição para a ativação. Em vez de pagarem um valor elevado inicial por um produto, os consumidores atuais preferem optar por uma lógica de subscrição”. A ideia por trás desta mudança está em muito ligada à possibilidade de escolha do consumidor que, assim, deixa de ficar preso para sempre às funcionalidades de um determinado produto, evitando que este se torne obsoleto. Passa a ter poder para fazer as atualizações e os desenvolvimentos que pretender e também para cancelar, caso este já não lhe interesse.

 

A geração Z, atualmente, já representa 1/3 da população mundial e, por isso, os seus interesses, comportamentos e motivações começam a ganhar força e a mexer com as decisões das empresas. “[Os nascidos entre 1996 e 2010] esperam que tudo seja digital − one-click – independentemente do dispositivo que utilizam. Esperam que todos os dispositivos estejam conectados no seu telefone.” Não é novidade que os consumidores de hoje estão permanentemente conectados, através da internet, aos seus dispositivos móveis. Adrian Florin Trache fez-se valer dos números: “Atualmente estima-se que existam cerca de 10 bilhões de dispositivos conectados por todo o mundo.” E as projeções mostram que em 2030 estes cheguem aos “29 bilhões”.

No jogo das suas exigências há mais uma que salta à vista: “Querem também ter acesso a mais informação acerca do produto”. Em relação à forma como estão a pagar, pedem altos níveis de segurança. “3 em cada 4 escolhem a segurança em primeiro lugar”, concluiu.

 

“Atualmente estima-se que existam cerca de 10 bilhões de dispositivos conectados por todo o mundo.” E as projeções mostram que em 2030 estes cheguem aos “29 bilhões” – Adrian Florin Trache, Visa

 

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