Os millennials e a geração Z foram responsáveis por todo o crescimento do mercado global dos bens de luxo em 2022. No ano passado, de acordo com as projeções da Bain & Company, este mercado atingiu os 1,4 biliões de euros, crescendo 21%.
Segundo explicado em comunicado, no caso do mercado dos itens pessoais de luxo, o valor alcançado foi de 353 mil milhões, mais 22% que em 2021. As previsões apontam que, em 2030, o mercado dos bens de luxo pessoais atinja entre os 540 e os 580 mil milhões de euros, um crescimento de 60% face a 2022
Nos próximos anos, os gastos em bens de luxo por parte da Geração Z e da Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) vai crescer três vezes mais rápido que as restantes gerações até 2030, devendo representar um terço de todo o mercado nesse ano.
De acordo com o estudo, os consumidores da Geração Z estão a começar a comprar artigos de luxo entre três e cinco anos mais cedo que os Millennials (aos 15 anos contra os 18-20 anos). Espera-se que a geração Alpha siga o mesmo comportamento.
O crescimento em 2022 e a expetativa para 2023
As projeções da Bain & Company apontam que os resultados no último trimestre de 2022, que vão impactar os números finais, vão depender principalmente do levantamento das restrições da covid-19 na China, assim como da evolução da confiança do consumidor europeu e americano face ao aumento da inflação.
Apesar dessas preocupações, o relatório nota que deverá ter existido um crescimento positivo para cerca de 95% das marcas. No entanto, é também destacado que os players no mercado de bens de luxo continuam a investir no crescimento futuro, mesmo face à elevada inflação e ao aumento dos custos, de modo que a rentabilidade esteja ligeiramente a diminuir, na sequência de um aumento sem precedentes em 2021.
Para 2023, a análise antevê que, mesmo com uma possível recessão global este ano, o impacto na indústria poderá ser diferente do da crise financeira global de 2008-2009. Segundo explicado no relatório, o mercado de luxo parece agora mais bem equipado para fazer face à turbulência económica.
Como resultado, a análise define dois cenários, com o crescimento das vendas no mercado de bens de luxo pessoais a fixar-se entre 3 e 5% ou 6 e 8% (a taxas de câmbio constantes), dependendo da força da recuperação económica na China e da capacidade dos EUA e da Europa para resistirem às pressões económicas.