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Pagamentos

Dados digitais possuem mais valor e multiplicam-se as fraudes

Dados digitais possuem mais valor e multiplicam-se as fraudes

A digitalização dos meios de pagamento é uma realidade a que já não é possível escapar. O estudo SPACE, realizado pelo Banco Central Europeu (BCE), aponta que as transações de dinheiro físico em Portugal desceram 17% entre 2019 e 2022. Apesar disso a maioria das transações ainda é em dinheiro (64%).

Com esta digitalização, a exposição aos riscos de cibersegurança aumenta. Os dados digitais passam a possuir maior valor e multiplicam-se as fraudes dirigidas quer a empresas como aos consumidores finais. Exemplo recente são as burlas por WhatsApp onde os criminosos faziam-se passar pelos filhos dos visados, requerendo transferências monetárias digitais. Quanto maior a base de dados, maior é o risco de um ataque.

 

A segurança dos dados é sem dúvida uma prioridade da banca. O estudo “Banking in 2035: global banking survey”, promovido pela SAS e pelo Economist Impact, revela que o aumento das ameaças e de ciberataques são destacados por 55% dos entrevistados como os maiores riscos para o futuro. Nesse sentido, o investimento em segurança e proteção de dados está em curso em quase metade dos bancos (49%).

A aposta em equipas especializadas também tem aumentado. Dados da GlobalData apontam que o setor, a nível global, aumentou a procura de profissionais de cibersegurança em 3% durante o terceiro trimestre de 2022, em relação ao trimestre anterior. Quando comparado ao período homólogo, o crescimento foi de 36%. A maioria da procura foi registada nos Estados Unidos da América (50%), seguido pela Índia (12%) e Reino Unido (9%). Nem sempre a procura é colmatada com a oferta. Com a cibersegurança a crescer de importância, surgem problemas de escassez de profissionais.

 

A acrescentar ao problema de escassez de profissionais, as entidades governamentais têm apostado na regulação, o que implica uma rapidez na adaptação às novas legislações. Um estudo da Gartner prevê que, este ano, 65% da população mundial irá ter os seus dados pessoais cobertos por regulação moderna de privacidade, um aumento face aos 10% em 2020.

O relatório da PWC, “Navigating the payments matrix”, aponta um caminho no reforço da cibersegurança: uma maior colaboração entre os bancos, soluções de pagamento e o setor público em prevenir fraude e lavagem de dinheiro.

 

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