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Em 2020, todos os setores económicos marcarão presença na economia digital

Em 2020

O retalho e a indústria estarão entre os setores que mais irão investir em tecnologias de informação durante o ano de 2015. A previsão é da IDC que apresentou esta semana um conjunto de previsões (IDC Predictions 2015) sobre a evolução do setor das TIC em Portugal num evento que reuniu vários profissionais do setor.

Depois de cinco anos de quebra, a IDC prevê que em 2015 o mercado nacional de TI cresça 0,9%, valor que aumentará para 1,7% em 2016 e 1,9% e 2,2% em 2017 e 2018, respetivamente.

Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC para Portugal, explicou na apresentação que no final de 2015 o mercado das TI deverá valer 3,46 mil milhões de euros, sobretudo devido aquilo que a empresa designa de ‘3ª Plataforma Tecnológica’ e que assenta em quatro pilares: Mobilidade, Serviços Cloud, Tecnologias Sociais, e Big Data.

No ano de 2020, todos os setores económicos, a nível mundial, desde a indústria, ao retalho, à banca, aos seguros, à energia, ao turismo e até à saúde serão liderados por empresas com uma forte presença na economia digital. A empresa indica que esta aposta no digital tem como principais objetivos “criar uma melhor experiência para os clientes, aumentar a eficiência operacional e inovar nos modelos de negócio.”

Na perspetiva da IDC, para além do aumento da competitividade em todos os setores que estão a liderar esta transformação digital, as empresas enfrentam desafios globais como a necessidade de recolher e analisar dados sobre os seus clientes, de aumentar a produtividade dos colaboradores, de conseguir desenvolver melhores previsões nas várias áreas de negócio de forma a tomarem decisões mais assertivas, de aumentar a eficiência dos processos internos e externos e de identificar e explorar novos modelos de negócio.

No caso concreto do mercado nacional, e apesar do programa de ajustamento financeiro assinado com o FMI, BCE e UE em 2011 ter terminado, o contexto económico ainda é frágil e o esforço de consolidação orçamental vai certamente manter-se por mais alguns anos – a meta da União Europeia prevê um défice estrutural de 0,5% do PIB.

A IDC explica que “se, por um lado, tendem a permanecer ainda alguns entraves estruturais na economia nacional, entre os quais se destacam o elevado peso do Estado na economia, a fraca qualificação dos recursos humanos e a reduzida competitividade e produtividade das empresas nacionais, por outro lado, 2014 marcou o início do novo Quadro Comunitário de Apoio até 2020, que contempla incentivos na ordem dos 22 mil milhões de euros, que serão canalizados para a economia nacional nos próximos cinco anos.”

Revolução tecnológica assentará em quatro pilares

De acordo com a empresa especialista em tecnologia, iremos assistir até 2020 a uma rápida transformação tecnológica designada de “3ª Plataforma Tecnológica” e que assentará em pilares como a Mobilidade, Serviços Cloud, Tecnologias Sociais e Big Data. Através destes pilares, as organizações conseguirão “obter ganhos de competitividade superiores, quer para suportar processos de internacionalização, quer para aumentar a eficiência operacional, inovar ao nível da oferta e tornarem-se mais ágeis e capazes de se adaptarem às condições de mercado.”

Atualmente, a “3ª Plataforma” representa já 30% do total mercado das TIC e praticamente 100% do seu crescimento, e em 2015, estes mercados ligados à “3ª Plataforma”, isto é, ligados à mobilidade, aos serviços cloud, às tecnologias sociais e de Big Data, vão crescer 13% a nível mundial.

A IDC revela ainda que “quando olhamos para o período de 2015 a 2020, prevemos o início da fase mais crítica da ‘3ª Plataforma’, caracterizada por uma explosão de soluções inovadoras e por uma grande criação de valor no topo dos quatro pilares que formam este novo paradigma tecnológico. Esta fase é caracterizada por “aceleradores de inovação” que estendem radicalmente as capacidades e aplicações da ‘3ª Plataforma’, como é o caso da Internet das Coisas (IoT), do Wearable Computing, dos Drones, da Robótica, da Impressão 3D, dos Sistemas Cognitivos, da Biologia Sintética, das Interfaces Naturais de Computação, etc.”

Retalho é um dos setores que mais vai investir em TI

No que diz respeito ao retalho, ficou claro na apresentação que este será um dos setores a investir mais em Mobilidade. As tecnologias e soluções móveis vão representar mais de 40% do crescimento mundial do mercado de TI e com um novo perfil de consumidor a emergir, mais digital e móvel, serão inúmeras as alterações nos modelos de negócios. Nesse sentido, em 2015 iremos assistir a um enorme investimento nestas tecnologias.

Para além disso, segundo a IDC, em 2020 deverão existir mais de 68,1 milhões de equipamentos (incluindo PC’s, smartphones, relógios e acessórios inteligentes, consolas, carros, eletrodomésticos, equipamento eletrónico, entre outros) ligados à Internet no território nacional (cerca de 6,4 equipamentos por pessoa). “A adoção de estratégias que contemplem a Internet of Things (IoT) vai permitir que as organizações nacionais acelerem a transformação digital dos seus processos e iniciativas”, e as mais beneficiadas serão áreas como a saúde e o ambiente, mas também o retalho, que assistirá à emergência de soluções como inventários em tempo real em território nacional.

Para a IDC, o relacionamento com o cliente será o principal motor dos novos projetos de TI em Portugal. “A maioria das organizações nacionais tem planos para reforçar a sua quota nos mercados onde atuam e, para tal, irão apostar no desenvolvimento e em novos produtos e serviços”, como as aplicações móveis, com o objetivo de captar e fidelizar clientes.

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