Para Paul Nannetti, diretor Portfolio Global de Vendas da Capgemini, “a exploração de Big Data é um passo para a mudança na qualidade na tomada de decisão”. No entanto o responsável sublinha que “não é só através de novas fontes de dados que as organizações conseguem obter vantagem competitiva. É a capacidade de analisar com rapidez e eficiência esses dados, de modo a otimizar processos e decisões em tempo real, que é uma vantagem. Neste sentido, as empresas vão estar a monitorizar o comportamento do cliente e das condições de mercado e reagir, rápida e eficazmente, face à concorrência”.
A investigação – realizada a mais de 600 executivos de nível C, senior managers e IT leaders em todo o mundo – revela, ainda, que nove em dez gestores consideram o Big Data como o quarto fator de produção, tão fundamental para o negócio como a “terra”, o “trabalho” ou o “capital”. Por outro lado, as empresas relataram ter melhor desempenho, em média, em 26% e preveem um impacto no crescimento, na ordem de 41%, durante os próximos três anos. A maioria das empresas (58%) refere, ainda, que pretende fazer um maior investimento em Big Data durante esse período.
Embora 42% dos executivos digam que a análise de dados tenha abrandado na tomada de decisão, a grande maioria (85%) acredita que o crescimento do volume de dados não é o maior desafio, mas sim, ser capaz de analisar e agir sobre os dados, em tempo real.
Um importante desafio para as organizações que desejam aproveitar ao máximo o Big Data é ultrapassar a falta de transversalidade de informação nos vários departamentos organizacionais (56%). A mudança de departamento de processos de negócios tem evitado tanto a partilha e integração de dados, como também impossibilita uma visão abrangente sobre a gestão de dados. Contudo, a questão mais difícil é a falta de talento, alegou metade dos participantes (51%).