A Deco Proteste, organização de defesa do consumidor, revelou que o cabaz de produtos essenciais, em termos globais, aumentou 21 euros em seis meses (de 185,17 euros a 1 de março de 2022 para 206,39 euros a 31 de agosto de 2022).
Este aumento reflete-se em 55 dos 63 produtos que compõem o cabaz essencial. A análise, com início a 1 de março deste ano, salienta a escalada do valor da pescada fresca e dos brócolos, que atingiu 67% e 47%, respetivamente.
“Ao longo destes seis meses de avaliação, o preço do cabaz essencial tem aumentado em quase todas as semanas, sendo que em alguns produtos são notadas subidas de dois dígitos de uma semana para a outra”, afirma a porta-voz da Deco Proteste, Ana Guerreiro.
O aumento do custo nos supermercados é notório em outros casos como a couve-coração e o óleo alimentar (ambos com 36% de subida), a batata vermelha (mais 33%), o frango inteiro (mais 30%), o bife de peru (mais 25%), os cereais de mel (mais 23%), as costeletas de porco (mais 20%) e as bifanas de porco (mais 18%).
Por outro lado, só oito produtos mantiveram o preço ou até desceram a 31 de agosto, face ao registado a 1 de março de 2022, como é o caso do sal grosso e dos cereais de fibra. O sal manteve-se estável naquele período, enquanto os cereais oscilaram.
A curgete é o exemplo mais expressivo de descida de preços (-23%). Na curta lista, seguem-se as ervilhas congeladas (-7%), a perca (-4%), o iogurte líquido (-2%) e o pão de forma (-1%).
Metodologia sobre análise ao cabaz
O cabaz essencial, composto por 63 alimentos, incluindo produtos de mercearia, laticínios, carne, peixe, fruta, legumes e congelados tem sido analisado todas as quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior. O custo do cabaz é obtido através do cálculo do preço médio por produto em todos os supermercados online, presentes no simulador da organização.