Notícia atualizada às 11:00
O Grupo Jerónimo Martins fez conhecer esta quarta-feira os resultados semestrais relativos a 2015. Segundo o grupo, as vendas do primeiro semestre cresceram 10%, para os 6,6 mil milhões de euros, tendo o resultado líquido crescido 3% para os 150 milhões de euros.
O grupo justifica este crescimento com “o bom desempenho de todas as áreas de negócio do Grupo que fez aumentar as vendas consolidadas, o EBITDA e os lucros relativamente ao mesmo período do ano passado”, indica o comunicado.
O Grupo Jerónimo Martins obteve assim 150 milhões de euros de lucro – um crescimento de 3% face ao período homólogo de 2014. O grupo informou ainda que efetuou um investimento de 177 milhões de euros durante este período, tendo 55% desse investimento canalizado para o retalhista Biedronka (Polónia).
De acordo com Pedro Soares dos Santos este crescimento: “Em linha com as nossas expectativas, os resultados do primeiro semestre revelam os efeitos positivos da estratégia que está em execução na Biedronka. O desempenho da Companhia neste período confirma a eficácia das medidas que estão a ser implementadas, a sua capacidade para reforçar a liderança no mercado e a sua relevância para os consumidores, mesmo num contexto de incerteza quanto à deflação alimentar”.
O responsável acrescenta ainda que o Pingo Doce e o Recheio “continuam a registar um desempenho que supera o dos respectivos mercados em Portugal”. E adianta que, em relação ao negócio da Ara, na Colômbia, “está a ser concluído um novo centro de distribuição e, no terceiro trimestre deste ano, iremos iniciar operações na segunda região. Com base no bom desempenho dos nossos principais negócios, vamos continuar a implementar o plano traçado, confiantes que iremos atingir as metas definidas para o ano.”
Pingo Doce
O retalhista português teve, nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de vendas de 4% e abriu 6 novas lojas e remodelou 15. No mesmo período lançou 94 novas marcas de MDD (Marcas da Distribuição), incluindo detergentes Ecológicos, Cápsulas de café e Gelados. “Alargando um sortido que representa cerca de 36% das vendas da Companhia (excluindo perecíveis especializados) e que aposta na inovação, no equilíbrio nutricional (15 relançamentos) e na inclusão de produtos dirigidos a necessidades dietéticas especiais”, indica o comunicado.
Ainda de acordo com o comunicado da JM: “o Pingo Doce manteve uma forte dinâmica comercial e promocional (79 folhetos em cerca de 26 semanas), que suportou um aumento de mais de 4% das vendas no mesmo parque de lojas. Este desempenho traduz a capacidade do Pingo Doce atrair novos clientes e reforçar a sua fidelização”.
Recheio/Amanhecer
O grossista Recheio viu as suas vendas crescerem 5% nos primeiros seis meses do ano, tendo contribuído em 6% para as vendas do grupo. As gamas de marca própria do Recheio, que representam cerca de 21%
das vendas (excluindo perecíveis especializados). Neste período foram lançados 108 novos produtos: 90 da marca Amanhecer, 14 da marca Masterchef e 4 da marca Gourmês.
Por sua vez o Amanhecer teve uma média duas aberturas por semana, e inaugurou 67 mercearias de bairro, que se juntaram às 150 existentes no final de 2014. Segndo a JM, atualmente, “está representada emtodos os Distritos de Portugal Continental e na Madeira, onde este ano abriu 12 novas lojas, a rede Amanhecer tem a sua presença mais forte na região de Lisboa, com 40 lojas”.
Biedronka
A Biedronka obteve um crescimento de 12% nas vendas nos primeiros seis meses do ano – em comparação ao período homólogo de 2014. Ainda na Polónia, o Grupo Jerónimo Martins abriu 83 lojas da Biedronka. De acordo com a GFK, o retalhista reforçou a sua quota de mercado de janeiro a maio em 2,3 p.p., relativamente ao período homólogo do ano anterior.
De acordo com a comunicação da Jerónimo Martins, durante os primeiros seis meses do ano Com um peso de cerca de 47% no total das vendas, foram lançados 177 produtos de Marca Própria. O grupo indica ainda que “face ao primeiro semestre de 2014, as importações pela Biedronka de produtos portugueses aumentaram mais de 60%, com especiais desempenhos de categorias como a fruta – especialmente citrinos, manga e melão -, os vegetais
– sobretudo brócolos, alho, tomate e feijão – e o vinho, com quase três milhões de litros exportados de Portugal”.
Ara e Hebe
Nos primeiros seis meses do ano, os novos negócios Ara, na Colômbia, e Hebe, na Polónia, contribuíram com 103 milhões de euros para as vendas consolidadas, o que representa um acréscimo de 40 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado.
“Num mercado em que o comércio tradicional é muito forte e a distribuição moderna se apresenta muito concorrencial, a Ara tem apostado no desenvolvimento de promoções inovadoras e atractivas, assim como no reforço da ligação aos bairros, com a aposta em acções e descontos específicos de cada loja. Contando já com 89 lojas na região do Eixo Cafeteiro, a Ara vai inaugurar, no terceiro trimestre do ano, o seu segundo Centro de
Distribuição no país, na cidade de Barranquilla, na Costa do Caribe.
Em relação à Hebe terminou o semestre com 122 lojas de saúde e beleza. Que, segundo a JM “continuam a conquistar as mulheres polacas, nomeadamente com a forte aposta nas categorias de make-up e perfumes”.