A Sonae anunciou que registou, no primeiro semestre do ano, um resultado líquido de 75 milhões de euros, que representa um aumento de 14% face ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o comunicado de imprensa, a marca acrescenta que estes resultados foram impulsionados pela melhoria do EBITDA, “decorrente dos ganhos de quota e da performance dos negócios, que mais do que compensou o incremento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos financeiros e dos impostos”.
Já as vendas dos primeiros seis meses do ano, superaram os 4,3 mil milhões de euros, com o volume de negócios consolidado a aumentar 11,4% em termos homólogos, “impulsionado pelo crescimento da MC e da Worten, que reforçaram as suas posições de liderança no mercado português, e pela integração da Musti”, refere a comunicação.
O EBITDA subjacente aumentou 13,8% para 342 milhões de euros e o EBITDA consolidado melhorou 18% para 410 milhões de euros, “traduzindo o sólido desempenho dos negócios de retalho e o aumento do contributo dos resultados pelo método de equivalência patrimonial, nomeadamente da NOS”. Já o resultado direto totalizou 95 milhões de euros, crescendo 18% face ao período homólogo.
Para Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, “durante os primeiros seis meses de 2024, os nossos principais negócios continuaram a apresentar desempenhos notáveis. A MC reforçou a sua posição de liderança no exigente mercado de retalho alimentar português, demonstrando um inexcedível foco no cliente e uma forte capacidade de execução, tendo simultaneamente impulsionado o crescimento no segmento de saúde, beleza e bem-estar. A Worten reforçou com sucesso a sua quota de mercado no setor de retalho de eletrónica em Portugal, apresentando um crescimento acelerado do negócio de serviços e do e-commerce, apesar da elevada intensidade promocional no mercado”.
E continua: “o portefólio de centros comerciais da Sierra manteve um desempenho robusto, resultando num aumento significativo do valor dos seus ativos. A NOS continuou a crescer e a ganhar quota no mercado português de telecomunicações, tendo ainda concretizado mais uma operação de criação de valor relevante envolvendo a sua infraestrutura de rede móvel”.
No retalho alimentar, durante o primeiro semestre, o volume de negócios da Sonae aumentou 7,8% em termos homólogos, para 3,3 mil milhões de euros, impulsionado pelo melhor desempenho do segmento alimentar e do segmento saúde, bem-estar e beleza (SBB), explica a marca.
No retalho de eletrónica, a Worten registou um crescimento de volume de negócios em 6,5% em termos homólogos para 593 milhões de euros, “com os canais orgânico e o online a evoluírem positivamente”. A marca avança ainda que as vendas online melhoraram 14% e atingiram 17% do volume de negócios total.
No setor imobiliário, a Sierra, o resultado líquido aumentou 17,2% para 45 milhões de euros, “impulsionado pela melhoria da performance operacional dos seus ativos”. Segundo a marca, a Sierra “continuou a demonstrar uma dinâmica positiva e resiliente no seu portefólio de centros comerciais europeus, um desempenho sólido nas áreas de serviços e a continuação da execução do seu pipeline de desenvolvimento. No seu portefólio de centros comerciais, as vendas dos lojistas continuaram a sua trajetória de crescimento, a afluência superou os níveis pré-pandemia e as taxas de ocupação mantiveram-se elevadas (+0,3pps para 98,1%)”.
De acordo com a nota de imprensa, o investimento consolidado da Sonae superou os 1,3 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, com o investimento no primeiro semestre a atingir o valor recorde de 966 milhões de euros, tendo investido no reforço da internacionalização do portefólio com a aquisição de participações maioritárias na Musti e na BCF Life Sciences e prosseguiu a sua aposta no mercado português, com destaque para expansão e remodelação do parque de lojas da MC.
Relativamente à sua política de responsabilidade social corporativa, a marca avançou que reforçou o apoio à comunidade em 16,5 milhões de euros, mais 6% face ao mesmo período de 2023.
De acordo com a comunicação, o Grupo Sonae contratualizou operações de financiamento de 2,4 mil milhões de euros com enquadramento sustentável, “Green” ou “ESG Linked” (ligadas a indicadores ambientais, sociais e de governo corporativo). Este valor representa cerca de 90% das linhas de financiamento de médio e longo prazo das empresas consolidadas integralmente pela Sonae, entre as linhas utilizadas e disponíveis, sendo que na holding este valor é ainda superior.
“À entrada para o segundo semestre do ano, mantenho plena confiança na nossa capacidade de impulsionar a inovação e o crescimento para melhorar as condições de vida de um número crescente de famílias nas várias geografias onde operamos. Continuaremos a apoiar as nossas pessoas e as nossas empresas, garantindo que dispõem dos recursos necessários para melhorar o seu desempenho atual, investindo simultaneamente no futuro para assegurar a criação valor de longo prazo para todos os nossos stakeholders”, concluiu Cláudia Azevedo.