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Retalho e Logística: Conheça os resultados do mercado imobiliário do terceiro trimestre de 2024

Retalho e Logística: Conheça os resultados do mercado imobiliário do terceiro trimestre de 2024 iStock

O relatório “Market Dynamics Q3”, da consultora imobiliária JLL, analisou o desempenho dos mercados de retalho e industrial & logística, em Lisboa e no Porto, no terceiro trimestre de 2024. Conheça as conclusões.

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De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as vendas a retalho em agosto apresentaram uma taxa de crescimento anual de 5,4%. Ao analisar categorias de produtos específicas, os produtos alimentares registaram um crescimento de 6,2% e os produtos não alimentares de 4,9%.

 

Segundo o relatório, o indicador de confiança dos consumidores subiu em setembro, após uma descida no mês anterior, registando valores desde julho que ultrapassam os observados em fevereiro de 2022, quando começou a crise na Europa de Leste.

A par do interesse das marcas premium e de luxo por zonas de retalho privilegiadas, o mercado retalhista português assistiu também a um forte aumento de operadores de smart discount, com a abertura de lojas em todo o país, em áreas como retail parks e centros comerciais. Alguns destes retalhistas de baixo custo duplicaram a sua presença em apenas seis meses, à medida que este conceito ganha cada vez mais popularidade entre os consumidores locais, adianta o estudo da JLL.

 

As rendas das lojas de rua situaram-se nos 140 euros por m2 por mês para uma unidade de retalho “prime” no Chiado, em Lisboa, e nos 80 euros por m2por mês para uma unidade de retalho “prime” em Santa Catarina, no Porto. Além disso, as “rendas prime” de mercearias e retail parks têm vindo a aumentar, registando atualmente 14 e 13 euros por m2 por mês, respetivamente.

O tráfego de consumidores para locais de retalho físicos registou um regresso equilibrado com os níveis de 2019. Segundo o relatório, é esperado que a afluência aos principais destinos de retalho em Portugal continue a sua recuperação, apoiada pela atenuação da inflação e por taxas de juro mais baixas. “Além disso, o número de turistas que visitam Portugal atingiu máximos históricos, o que apoia ainda mais o crescimento das despesas de retalho”, lê-se na análise.

 

Industrial & logística
A análise dos três primeiros trimestres revela um aumento da absorção de espaços industriais e logísticos de 136% em relação ao período homólogo. Este aumento foi especialmente notório no segundo trimestre, que representou 50% da absorção total, enquanto o terceiro trimestre representou 20%. No acumulado do ano, a absorção já ultrapassou 2023 em mais de 80.000 m².

Em termos de níveis de ocupação nas várias zonas industriais e logísticas, a região de Montijo-Alcochete surge como líder, com as áreas ocupadas a representarem 18,3% do total. Segue-se, de perto, a região Norte com 18,1% e a região Centro com 16%.

 

No total, 18 transações foram superiores a 10 000 m2. Os três primeiros classificados representaram, por si só, 25% do total. O maior negócio foi assegurado pela Coloplast, empresa de fabrico de produtos de saúde. Entretanto, o maior negócio registado no terceiro trimestre foi um armazém de 16.000 m2, ocupado pelo supermercado alemão Aldi, no novo parque logístico Panattoni Park Valongo.

Na região de Lisboa, as “rendas prime” situam-se nos €6,50/m2/mês em Oeiras-Cascais, Amadora-Odivelas e Lisboa cidade. No Porto, as” rendas prime” situam-se nos €5,00/m2/mês em Leixões-Aeroporto, Gaia-Espinho e Santo Tirso-Trofa.

No que diz respeito aos volumes de investimento no setor, a atividade acumulada no ano atingiu cerca de 60 milhões de euros, um dos valores mais baixos entre os diferentes setores imobiliários.

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