De acordo com o último Barómetro de Vendas das Associação Portuguesa de Empresa de Distribuição (APED), divulgado hoje à imprensa, o setor do retalho (alimentar e não alimentar) registou um crescimento de 3,4%, em 2018 face ao ano anterior, atingindo os 20.945 milhões de euros de volume de vendas. A maior fatia deste valor pertence ao retalho alimentar, fruto dos 12.403 milhões de euros de vendas, em 2018, correspondendo a uma evolução de 2,8% face a 2017.
O retalho não alimentar, mostram os dados da associação, registou, por sua vez, um crescimento maior – 4,3% face a 2017 -, evoluindo para vendas de 8.542 milhões de euros.
No mercado alimentar, destaque para a categoria dos congelados e dos perecíveis/frescos que registaram uma subida, em valor, de 6,1% e 4,1%, respetivamente, correspondendo, segundo o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, “a uma clara tendência de consumo e estilos de vida presentes nos atuais hábitos de consumo”.
As restantes categorias (higiene e beleza, laticínios, bebidas, mercearia e bazar ligeiro) também evoluíram, indo, assim ao encontro da subida do indicador de de confiança dos consumidores do Instituto Nacional de Estatística (INE) que se manteve em alta até ao final do último semestre de 2018, caindo nos meses seguintes para recuperar no final do ano.
Já no mercado não alimentar, destaque para a subida generalizada de todas as categorias, exceto a fotografia (-6,2%), atribuindo o diretor-geral da APED este fenómeno à proliferação dos smartphones, situação que se repete, aliás, quando analisadas as câmaras de vídeo enquanto produto pertencente à categoria da eletrónica de consumo.
Se os Bens de Equipamento revelam uma subida de 5,9%, para os 2.357 milhões de euros, seguidos do Entretenimento e Papelaria (+5,1% para 327 milhões de euros), são os combustíveis os responsáveis pelo maior valor do mercado não alimentar. Com um crescimento de 4,7% face a 2017, a alínea dos combustíveis já atinge os 3.633 milhões de euros, enquanto o vestuário, com uma subida de 2%, totaliza 2.225 milhões de euros.
No mercado dos Pequenos Domésticos, destaque para os aspiradores que registaram um crescimento de 13,9% para 51,5 milhões de euros de vendas, enquanto nos equipamentos de telecomunicações, os smartphones continuam imbatíveis, crescendo 8% para mais de 485 milhões de euros, embora a maior evolução nestes produtos pertença aos auriculares com 51,8%.