A Mastercard já tem um sistema que lhe permite ter uma visão da identidade digital para um mundo cada vez mais ligado.
A empresa apresentou um relatório, intitulado “Restaurar a confiança no mundo digital”, no final do mês de março, no qual apresenta um enquadramento detalhado do funcionamento da identidade digital, que coloca o consumidor no centro de todas as interações digitais.
O modelo será orientados pelos princípios de identidade digital da Mastercard, que se centram na propriedade dos dados e nos direitos, na confidencialidade, no consentimento, na transparência, na segurança e na inclusão.
No fundo, o modelo equivale a um direito individual fundamental: “É a minha identidade e sou eu que controlo os meus dados de identidade”, explica a Mastercard em comunicado.
“A grande questão para as interações digitais num ambiente hiperligado é: como é que podemos confiar em alguém que não conhecemos, que não podemos ver e que não está presente em pessoa?”, salienta Ajay Bhalla, presidente de Soluções de Intelligence e Cibersegurança da MasterCard. “É com esta visão que imaginamos um mundo onde a identidade e os dispositivos que operam em nome de um determinado individuo pode ser verificada imediatamente, de forma segura, e onde o acesso é feito sem passwords e os dados são trocados com o consentimento do próprio.”
Privacidade by design
A informação da Mastercard sobre o modelo de identidade refere ainda que o este “incorpora privacidade by design e não agrega dados de identidade. Além disso, permite que as interações digitais ocorram com a troca mínima de dados e apenas quando necessário, protegendo a utilização dos mesmos de forma eficaz para que os utilizadores tenham o controlo, e para que a identidade ligada ao smartphone seja robusta”.
Entre outras vantagens, o acesso a uma identidade digital “torna a experiência de compra on-line mais eficiente, o processo de abertura de uma conta bancária ou preenchimento de impostos mais transparente e a utilização do e-mail, redes sociais e plataformas de entretenimento muito mais simples. Este acesso reduzirá, ainda, o risco de fraude e de roubo de identidade”.
“A identidade digital requer um esforço coletivo. Com base na nossa parceria estratégica com a Microsoft e no trabalho com um conjunto de players da indústria, estamos empenhados em dinamizar a rede e em ajudar a definir as regras e o governance”, conclui Ajay Bhalla.
Modelo de identidade digital da Mastercard
- Inclusão: todas as pessoas têm direito a uma identidade digital;
- Propriedade: cada pessoa tem a sua identidade e dados pessoais;
- Simplicidade: o uso individual da identidade digital deve ser simples e intuitivo;
- Confidencialidade: cada pessoa tem o direito de manter as suas informações de identidade digital privadas;
- Consentimento: a identidade digital de cada pessoa não deve ser usada ou partilhada sem o consentimento explícito ou permitido por lei;
- Transparência: cada pessoa tem o direito de perceber como os seus dados de identidade digital são usados e partilhados;
- Segurança e Integridade: os dados e transações de identidade que envolvem a identidade digital das pessoas devem ser mantidos com os mais altos padrões de segurança e integridade;
- Direitos de dados: cada pessoa o direito de aceder, corrigir e excluir seus dados de identidade e o direito de recurso se os seus direitos forem violados:
- Uso justo: Os dados de identidade de cada pessoa serão usados apenas para fins legítimos, justos e não discriminatórios.
- Escolha: Cada pessoa deve ter a opção de consultar um provedor de identidade digital e o direito de exigir a eliminação dos seus dados pessoais.