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Imobiliário de Retalho

Rendas das lojas na Rua Augusta atingem os 70 € por m2

Rua Augusta Lisboa

O comércio de rua nas cidades de Lisboa e do Porto tem sido um dos setores imobiliários que nos últimos anos tem mantido “um forte dinamismo”. De acordo com a mais recente Análise do Mercado Imobiliário em Portugal da CBRE, a Rua Augusta, em particular, viu o valor da renda prime das lojas crescer em cerca de 30% em 2015, atingindo um valor de 70 euros por metro quadrado por mês.

A Avenida da Liberdade e o Chiado registaram ambas um crescimento de 11% face a 2014 no valor da renda prime das lojas. De acordo com a análise da CBRE, em Lisboa, “a procura de espaços deverá manter-se forte, sendo que perspetiva-se a entrada de novas lojas no mercado em 2016, resultado da reabilitação de edifícios.”

No Porto, o mercado de retalho está consolidado na Rua de Santa Catarina, no Passeio dos Clérigos e no Quarteirão das Cardosas. “O eixo Mouzinho-Flores está a evidenciar um dinamismo crescente, verificando-se nesta zona um maior número de projetos de reabilitação que permitem a abertura de novas ofertas de restauração e conceitos alternativos no campo da moda. O aumento da procura refletiu-se nas rendas prime do Porto, que registaram um crescimento de 17% face ao final de 2014”, de acordo com o estudo.

Para este ano, de acordo com a CBRE, as previsões são de que a procura continue positiva no domínio da restauração e da moda, “sendo também expectável uma subida da renda prime em 2016.”

Para Cristina Arouca, diretora de Research e Consultoria da CBRE, “a procura de espaços nas principais artérias de rua de Lisboa deverá manter-se forte, em particular nas zonas prime da Avenida da Liberdade e do Chiado enquanto zonas como a Baixa começam a ficar mais consolidadas, em virtude do aumento do fluxo pedonal e da reabilitação de edifícios. A dinâmica do comércio de rua, até aqui condicionada pela escassez de produto, deverá ser impulsionada com a entrada no mercado, ao longo de 2016, de cerca de 20 lojas, situadas em edifícios que se encontram atualmente em reabilitação. Metade desta oferta está prevista para a Avenida da Liberdade com novas insígnias do segmento de luxo a anunciarem a abertura para 2016, nomeadamente a Bulgari e a Versace, assim como os corners da Chanel, da Céline e da Dior, integrados em lojas multimarca.”

Para além disso, “no Porto, os principais eixos de comércio deverão continuar no foco dos retalhistas. Prevê-se que o grupo Inditex inaugure uma nova loja nesta zona em 2016. É também expectável uma subida da renda prime, particularmente motivada pela oferta insuficiente de qualidade, levando os operadores a considerar a aquisição de espaços bem localizados, ainda por reabilitar.”

Relativamente aos centros comerciais, em 2015, “não foi inaugurada nenhuma nova superfície. Apesar do Índice de FootFall não registar uma variação relevante, o Índice de Vendas dos centros comerciais manteve, ao longo do ano, uma tendência de crescimento.”

Neste segmento, em 2015, as rendas prime cresceram 12% nos centros comerciais de Lisboa e 8% no Porto, desempenho que deverá manter-se este ano.

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