O mercado português de produtos tecnológicos registou uma quebra de 13,7% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao período homólogo, seguindo a tendência negativa dos mercados globais.
De acordo com o Gfk TEMAX corresponde a uma quebra de 606 milhões de euros na facturação. Os sectores mais afectados são os das telecomunicações (-25,5%), equipamento de escritório e consumíveis (-20%), tecnologias de informação (-16,8%), electrónica de consumo (-11%) e fotografia (-11%).
A queda mais reduzida verificou-se nos grandes electrodomésticos (fogões e máquinas de lavar) com uma variação de 5,4%. Coube ao sector dos pequenos electrodomésticos (fritadeiras e grelhadores) contrariar esta tendência negativa ao apresentar uma variação positiva de 5,4%, o que equivale a uma facturação de 54 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano.
O mercado de electrónica de consumo sofreu um queda de 10,8%, com um volume de vendas de 128 milhões de euros. Seguindo a tendência do período anterior, os LCD continuam a representar mais de 50% da facturação deste mercado.
Durante o período em análise, o mercado de fotografia facturou 18 milhões de euros, o que representa uma quebra de 11,5%. O segmento das câmaras digitais apresenta variações negativas de dois dígitos em unidades e em valor face ao período homólogo, tendência já verificada em períodos anteriores.
Apesar da elevada procura durante o período natalício, a facturação do mercado de tecnologias de informação continua em queda. No primeiro trimestre de 2009, registou-se um volume de vendas de 127 milhões de euros, o que significa uma diminuição de 16,8% face ao mesmo período do ano passado. O preço médio dos computadores portáteis está constantemente em queda, o que resulta num aumento do volume de vendas em unidades, contudo com uma performance negativa da facturação deste produto.
O mercado de telecomunicações continua a apresentar as maiores perdas em facturação (-25,5%), por unidade e descida do preço médio. Analisando a evolução do peso de alguns segmentos deste sector, é de realçar que a facturação dos smartphones (que apresentam preços cada vez mais atractivos) tem vindo a ganhar peso sobre os telemóveis.