Nos últimos 12 meses, dois terços (66%) das roupas vendidas na Primark foram produzidas com materiais reciclados ou de origem mais sustentável.
De acordo com o comunicado de imprensa, a marca também avançou no seu compromisso de reduzir os resíduos têxteis através da produção de mais roupas que são recicláveis no fim da sua vida útil.
Este ano, a retalhista de moda concentrou-se em aumentar o volume das suas roupas concebidas através de design circular em categorias como as gangas e o jersey, e continuou a integrar as diretrizes de produto sobre circularidade através da formação de colegas e fornecedores.
Neste sentido, 3% das roupas vendidas na Primark nos últimos 12 meses advêm de economia circular desde a conceção, o que significa que cumpriam os critérios estabelecidos na Norma de Produto Circular da marca.
Os dados são do Relatório de Progresso sobre Ética e Sustentabilidade, que revelou como a empresa está a implementar os seus compromissos de sustentabilidade e qual o seu impacto real.
Segundo a nota de imprensa, a redução das emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor, durante os últimos 12 meses, “é uma conquista importante” para a Primark, que estabeleceu a ambição de as reduzir para metade em toda a sua cadeia de valor até 2030. Assim, as emissões de Scope 1 e 2 (baseado no mercado) da marca foram reduzidas em 21% em 2024, em comparação com 2023, e foram 52% inferiores ao valor de base de 2019.
A retalhista explica que esta redução foi alcançada através de medidas de eficiência energética nas suas lojas e da aquisição de eletricidade renovável e baixa em carbono. Deste modo, a Primark avançou ter alcançado uma redução de 1,9% nas emissões totais de carbono em toda a sua cadeia de valor desde 2019, o ano de referência, e uma diminuição de 11,6% desde o ano passado.
“Uma vez que o algodão é a fibra mais utilizada na roupa da Primark, o desenvolvimento do Projeto de Algodão da Primark e a formação dos produtores de algodão em práticas agrícolas mais regenerativas é um objetivo permanente”, lê-se na comunicação.
Neste sentido, este ano, cerca de 3.000 agricultores concluíram um projeto-piloto na Índia, no Bangladesh e no Paquistão, em que receberam formação sobre como utilizar alternativas biológicas aos fertilizantes químicos e como introduzir culturas de cobertura que protegem o solo e criam fluxos de rendimento.
Desta forma, a marca salientou que desenvolveu um roteiro, até 2030, para impulsionar uma maior adesão à agricultura regenerativa no âmbito do Projeto de Algodão da Primark.
O relatório sublinhou ainda que, este ano, 57% das roupas de algodão vendidas nas lojas da marca continham algodão orgânico, reciclado ou proveniente do Projeto de Algodão da Primark.
“Os nossos compromissos de sustentabilidade pertencem a todos os que fazem parte da Primark e estamos a começar a ver o seu impacto real. Os progressos que fizemos nos três anos desde que lançámos a nossa estratégia Primark Cares deram-nos a confiança necessária para nos orgulharmos do trabalho que estamos a fazer”, referiu Lynne Walker, Diretora da Primark Cares.
E continua: “continuar a aprender à medida que reunimos insights e dados de todo o negócio da Primark e estabelecer uma colaboração significativa em todo o setor será fundamental para alcançar as nossas ambições para 2030”.
Primark lança em Portugal novo programa de recolha de têxteis
A Primark alargou também o Programa de Recolha de Têxteis às suas lojas em Portugal, com o objetivo de “facilitar a reciclagem de roupa e têxteis dos clientes”. De acordo com o comunicado de imprensa, esta iniciativa insere-se na estratégia de sustentabilidade da marca e pretende incentivar a entrega de roupa usada para lhe dar uma segunda vida.
Os clientes da retalhista podem colocar artigos de vestuário, calçado, acessórios e têxteis para o lar, como toalhas e lençóis, de qualquer marca e independentemente do estado, nas caixas de recolha localizadas nas lojas Primark. Estes artigos são depois recolhidos e selecionados pelo parceiro de reciclagem da Primark, Yellow Octopus, para serem reutilizados ou reciclados.
A nota de imprensa avança ainda que as receitas do programa, que já é um sucesso no Reino Unido, Irlanda, Áustria, Alemanha e Países Baixos, vão ser doadas à UNICEF, parceiro global de solidariedade social da Primark.
Para Lynne Walker, “ao alargar o nosso programa de Recolha de Têxteis às 11 lojas em Portugal, estamos a dar uma segunda vida a mais roupa. Esta iniciativa não só reforça o nosso compromisso na redução dos resíduos têxteis, como também permite apoiar o trabalho fundamental da UNICEF junto de crianças em todo o mundo”.
Já para Nelson Ribeiro, Head of Sales da Primark Portugal, “segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente, em 2022, existiam nos resíduos urbanos cerca de 198 mil toneladas de resíduos têxteis em Portugal. Queremos também incentivar os nossos clientes e alertá-los para a importância da doação. Estamos muito satisfeitos por termos agora caixas de Recolha de Têxteis em todas as nossas lojas em Portugal, ajudando os nossos clientes a dar uma segunda vida aos seus têxteis.”