Segundo dados divulgados recentemente pela Mastercard no seu Barómetro 2023 – ‘Perceção da Sustentabilidade em Portugal’, 80% dos portugueses mostra-se sensível à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores onde fazem as suas compras. Mais, 15% dos inquiridos afirma que faz essas opções de forma habitual e 65% ocasionalmente.
Ainda no mesmo estudo, percebe-se que mais de metade (52%) revela que já deixou de comprar um produto devido à má reputação ou mau comportamento do fornecedor/comerciante em relação ao meio ambiente.
Noutro ponto, uma maioria expressiva dos portugueses (74%) afirma estar familiarizada com o conceito de “Pegada de Carbono”, mas apenas 15% conhece a sua pegada de carbono e 87% revela, ainda, que gostaria de saber qual o impacto ambiental das suas compras, uma percentagem que sobe para 90% no caso das mulheres.
Os entrevistados também demonstraram interesse em conhecer o balanço de CO2 das suas compras (71%) e afirmaram estar dispostos a incorporar essa informação na decisão de compra. Já 20% dos que manifestaram interesse em ter conhecimento sobre esse impacto, não acham que esta informação seja determinante para esta decisão. E quando inquiridos sobre a melhor maneira de obter essa informação, a maioria considera que a forma mais eficaz seria criar um “semáforo” ou rótulo que mostrasse o valor das emissões de CO2 (43%).
Portugueses dispostos a alterar comportamentos para reduzir a sua pegada de carbono
O barómetro realizado pela Mastercard revela ainda que 63% dos portugueses conhecem as medidas que podem ajudar a reduzir a sua pegada de carbono, uma percentagem que sobe para 66% nas faixas etárias entre os 18-29 e os 45-54, e no caso dos residentes do Centro do país (68%) e em Lisboa (64%).
Os entrevistados acreditam que as medidas que podem ter um maior impacto na redução da sua pegada de carbono são a reciclagem e a reutilização (65%), seguidas de um consumo responsável (50%) e da menor produção de resíduos (46%).
A utilização do automóvel (36%) é a atividade que, segundo os portugueses inquiridos, mais emissões de CO2 gera, sendo mais referida pelas faixas etárias mais jovens, dos 18-29 (38,7%) e dos 30-44 (38,1%), e pelos residentes na região do Alentejo (42%) e Açores (46 %), seguida do transporte aéreo (24%).
A utilização do automóvel é, aliás, um dos comportamentos que os entrevistados estariam dispostos a alterar para diminuir a sua pegada de carbono (43%), além da compra de roupas (34%), aparelhos eletrónicos (24%) e da alimentação/nutrição (24%). A redução da utilização do avião é também referida, mas apenas em 5º lugar com 20% das menções.
Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard Portugal refere que “este barómetro revela duas questões muito importantes. Por um lado, a sensibilidade que os portugueses já têm relativamente à sua pegada de carbono e a reconhecerem a importância das políticas de sustentabilidade dos comerciantes onde fazem as suas compras. Por outro lado, revelam desconhecer alguns conceitos fundamentais no domínio dessas políticas, como é o caso do ESG.”