A Sonae viu o volume de negócios superar os seis mil milhões de euros até setembro, num crescimento de 10% impulsionado pela MC. Apesar disso, a margem EBITDA diminuiu 0,3 pontos percentuais (resultado ascendeu aos 581 milhões de euros) e o lucro caiu 35,7% para os 135 milhões de euros.
Segundo explicado em comunicado, a queda da margem deveu-se “aos esforços contínuos para absorver parte da pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar” e a quebra do lucro ao “o apoio às famílias, o aumento dos custos financeiros e dos impostos, e o investimento na expansão e digitalização dos negócios”.
Um dos destaques dos primeiros nove meses do ano é a criação da Sparkfood, que opera e investe em empresas inovadoras dedicadas ao desenvolvimento de soluções alimentares sustentáveis e saudáveis. A unidade já investiu 110 milhões de euros em cinco investimentos internacionais.
“A Sonae manteve-se focada em proporcionar as melhores ofertas e experiências aos seus clientes em todos os negócios, sem comprometer os investimentos necessários para garantir a sustentabilidade do grupo a longo prazo”, explica a CEO da Sonae, Cláudia Azevedo.
“De facto, o grupo investiu um total de 467 milhões de euros desde o início de 2023, com foco particular na melhoria da experiência dos nossos clientes, tanto nos espaços físicos como nos canais digitais, demonstrando o nosso forte compromisso com as empresas do nosso portefólio e com todos os nossos stakeholders”, nota ainda.
No retalho alimentar, a MC viu as vendas a crescerem 9,6% no terceiro trimestre (LfL de +8,7%), impulsionadas quer pelos formatos alimentares quer pelos não alimentares, ultrapassando os 4,8 mil milhões de euros até setembro (+11,8% face ao período homólogo e +10,4% LfL).
No retalho de eletrónica, o volume de negócios total da Worten atingiu os 880 milhões nos primeiros nove meses (+5,2% face ao mesmo período de 2022 e um LfL de +4,1%), com o canal online a representar mais de 15%.
No retalho de moda, as marcas da Zeitreel atingiram vendas de 266 milhões de euros, 4% abaixo do mesmo período do ano passado, devido ao “ambiente macroeconómico desafiante”.
No setor imobiliário, a Sierra melhorou o seu desempenho operacional em todas as suas áreas de negócio, conduzindo a um aumento de 50% em termos homólogos do resultado direto, para 48 milhões, e a um aumento de 21% no resultado líquido, para 54 milhões.
Nas tecnologias, a Bright Pixel continuou a explorar novas oportunidades de expansão do seu portefólio ativo, que já inclui mais de 40 empresas de todo o mundo, e reforçou alguns dos investimentos atuais que conduziram a um ligeiro aumento do NAV, para 332 milhões de euros , e do capital investido no portefólio ativo, para 167 milhões. Desde o início do ano, a Bright Pixel investiu um montante total de 33,5 milhões e expandiu o seu portefólio com 6 novas empresas.
Nos serviços financeiros, as equipas da Universo continuaram a trabalhar no desenvolvimento da parceria com o Bankinter Consumer Finance para a criação de um novo player de referência no crédito ao consumo em Portugal, que deverá estar concluída antes do final do ano. A Universo contou com um volume de negócios total de 36 milhões, +34% face ao período homólogo.
Nas telecomunicações, a NOS apresentou um sólido desempenho operacional e financeiro. O volume de negócios total atingiu 1,2 mil milhões de euros, +5,3%.