O principal orador da tarde, o inglês Terry Davenport, arquiteto da BDP, começou por apresentar o projeto ‘Liverpool One’ que liderou o maior esquema de regeneração de um centro de cidade na Europa. “O importante é a integração e não a dominação dos projetos de regeneração” destacou, para realçar “a preservação de vistas, a individualidade das ruas e a recuperação de edifícios importantes”. O projeto, executado entre 2000 e 2009, aumentou as visitas e frequência comercial da cidade de Liverpool em 24% em resultado da valorização dos novos padrões de limpeza, segurança, ambiente, acessibilidades e atmosfera comercial.
O painel de especialistas que se seguiu foi moderado por Ana Teresa Penim, administradora do INV, e reuniu um grupo de especialistas para debater o papel do retalho na reestruturação e reabilitação das cidades. João Carvalho, diretor executivo do grupo Regojo, relatou a experiência do conceito ‘Liberdade Street Fashion’, em Braga. “Um projeto de lojas de rua integradas, com a criação do gestor de centro de cidade, que pretende ser um eixo de renovação do comércio de rua e do centro da cidade”, referiu. José Quintela, administrador da Sonae Sierra, lembrou que “as intervenções urbanas são complicadas e não têm fórmulas”, no que foi secundado por António Sampaio de Mattos, presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, que sublinhou a “dificuldade em unir esforços”, acabando a defender “a complementaridade entre comércio de rua e shoppings”.
Na sua intervenção no painel, Pedro Appleton, partner da Promontório Arquitectos, lamentou que “os regimes jurídicos limitem os projetos integrados”. A fechar o painel, David Lopes, diretor-geral do Recheio, relatou o projeto de revitalização de mercearias com a rede Amanhecer. “A Jerónimo Martins viu uma oportunidade neste segmento. A Amanhecer vai ajudar a recuperar a competitividade do comércio tradicional”, garantiu.
O congresso fechou com entrevistas dinamizadas por Joana Correia e Filipe Gil, editora e diretor da DISTRIBUIÇÃO HOJE, a Renato Homem, diretor operacional da Salsa, e a um representante do comércio externo marroquino, que contemplaram as estratégias que melhor potenciam a expansão internacional das insígnias e marcas.